terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Yoanis Sánchez - Lutadora real ou mito fabricado ?

Há blogues que atingem uma notoriedade espantosa, quer pela sua qualidade quer pelos seus conteúdos. É o caso do Generación Y mantido pela cubana Yoanis Sánchez. Com mais de 16 mil seguidores no Twitter, e muitas vezes com mais de 5 mil visitas/comentários nos seus posts, Yoanis tem-se mostrado uma crítica assérrima do regime castrista na sua terra natal e uma feroz denunciadora das atrocidades praticadas em Cuba. Diz de si própria:

"Estudié durante dos cursos en el Instituto Pedagógico la especialidad de Español-Literatura. En el año 1995, me trasladé a la Facultad de Artes y Letras donde terminé, después de cinco años, la especialidad de Filología Hispánica. Me especialicé en la literatura latinoamericana contemporánea y discutí una incendiaria tesis titulada “Palabras bajo presión. Un estudio sobre la literatura de la dictadura en Latinoamérica”. Al terminar la Universidad había comprendido dos cosas: la primera, que el mundo de la intelectualidad y la alta cultura me repugnaba y la más dolorosa, que ya no quería ser filóloga.
En septiembre del 2000, me fui trabajar a una oscura oficina de la Editorial Gente Nueva, mientras arribaba al convencimiento –compartido por la mayoría de los cubanos- de que con el salario ganado legalmente no podría mantener a mi familia. De manera que, sin concluir mi servicio social, pedí la baja y me dediqué a la mejor remunerada labor de profesora de español –freelance– para algunos turistas alemanes que visitaban La Habana. Era la etapa (prolongada hasta el día de hoy) en que los ingenieros preferían manejar un taxi, los maestros hacían hasta lo imposible por trabajar en la carpeta de un hotel y en los mostradores de las tiendas te podía atender una neurocirujana o un físico nuclear. En el 2002, el desencanto y la asfixia económica me llevaron a la emigración en Suiza, de donde regresé –por motivos familiares y contra la opinión de conocidos y amigos– en el verano del 2004.
En esos años descubrí la profesión que me acompaña hasta hoy: la informática. Me di cuenta que el código binario era más transparente que la rebuscada intelectualidad y que si nunca se me había dado bien el latín al menos podría probar con las largas cadenas del lenguaje html. En el 2004 fundé junto a un grupo de cubanos –todos radicados en la Isla– la revista de reflexión y debate Consenso. Tres años después trabajo como webmaster, articulista y editora del Portal desde Cuba.
En abril de 2007 me enredé en la aventura de tener un Blog llamado Generación Y que he definido como “un ejercicio de cobardía” que me permite decir en este espacio lo que me está vedado en mi accionar cívico.
Para sorpresa mía, esta terapia personal ganó, en poco tiempo, la atención de miles de personas en todo el mundo. Gracias a la red ciudadana y virtual que se ha tejido alrededor de GY, he podido seguir actualizando este blog cada semana. Desde marzo de 2008 el gobierno cubano implementó un filtró informático que impide ver mi bitácora en los sitios públicos de Internet en Cuba. De manera que necesito de la solidaridad de amigos fuera de la Isla para colgar mis textos en la red. Gracias también a otros colaboradores voluntarios, Generación Y está traducido a quince lenguas."

Como todas as figuras públicas, Yoanis Sánchez tem os seus detractores.
Heitor de Paola, médico brasileiro, psicanalista, escritor e comentarista político, estudioso ciência política e política internacional, é um deles. Escreve a certo passo no seu próprio blog:

"Quem conhece o modus operandi do regime SABE, perfeitamente bem, que a vida e as regalias que essa moça goza só são possíveis e permitidas a um MEMBRO do regime, a alguém que serve fielmente ao sistema e que inclui passar-se por opositor, infiltrado no meio das agremiações para depois delatar, como ocorreu com a economista Martha Beatriz Roque que foi presa na “Primavera Negra de Cuba” em março de 2003, vítima de sua secretária que a entregou ao tribunal e lá confirmou ser uma agente infiltrada há nada menos que 13 anos. Há ainda o caso de Ana Belém, que era funcionária do Pentágono e incontáveis outros casos que os cubanos com boa memória sabem melhor do que eu. Quem, da verdadeira dissidência possui um notebook (vejam na foto), telefone e internet em casa por 24 horas? Qual a fonte de renda dessa moça? Ela alega que dá aulas de alemão para turistas mas como, se os cidadãos fora da Nomenklatura são proibidos (com perseguição da polícia) de se aproximarem dos turistas? E o marido, trabalha em quê e para quem? E o apartamento onde ela mora (este da foto), a liberdade de ter celular e telefonar passeando pela rua, qual dos legítimos opositores tem essas regalias? E como se tudo isso não fosse suspeito o bastante, mesmo depois de descoberto o blog e sua identidade, por que eles nunca foram chamados ou perseguidos pelos ferozes e insanos CDR? E por que, vivendo na Suiça voltou para Cuba, entrou sem qualquer atropelo e vive até hoje sem ser minimamente molestada? Os que saem não têm direito de voltar, pois são considerados traidores e se tentam, ou são deportados ainda no aeroporto ou vão direto para a prisão. Só se sai de Cuba com permissão da Nomenklatura e, ainda assim, essa liberdade de ir e vir dentro e fora do país só a possuem os membros do regime. Reflitam!"

Ver artigos completos aqui e aqui.

De qualquer forma, acho que vale a pena dar uma vista de olhos, de tempos a tempos, pelo Generación Y.

5 comentários:

  1. Já sigo seu blog há algum tempo. Essa matéria está muito bem redigida, mas ainda tenho que ler mais sobre essa moça, para melhor poder opinar. Abraços

    ResponderEliminar
  2. QUERIDO AMIGO, GOSTEI MUITO DA POSTAGEM E DÁ MESMO QUE PENSAR...!
    ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
    FERNANDINHA

    ResponderEliminar
  3. Colega Jorge, um contraponto para a sua postagem. Vale também uma reflexão, não?

    http://blogdomello.blogspot.com/2009/11/quem-banca-blogueira-cubana-yoani.html

    ResponderEliminar
  4. Meus amigos:
    A minha intenção ao publicar este artigo foi exactamente deixar no ar a discussão sobre o "estranho fenómeno" Yoanis Sánchez, sem que eu próprio tomasse uma posição sobre ele. Daí que tenha, desde logo, dado publicidade aos dois lados opostos da questão.
    O Jozahfa acrescenta, e ainda bem, mais algumas opiniões que vale a pena ler. Obrigado por isso. Quanto mais informações temos melhor.

    ResponderEliminar
  5. Soy de la Amazonia brasileña, en Manaus Yoani ... no estás solo en esta lucha ... estoy extendiendo su blog desde mi twitter, facebook y orkut a todos mis amigos! Bjow

    ResponderEliminar