terça-feira, 28 de abril de 2009

Flor Silvestre



Crianças usadas em propaganda política sem autorização dos pais


O Ministério da Educação pediu a uma escola do primeiro ciclo de Castelo de Vide autorização para filmar crianças a utilizar o célebre computador Magalhães.

Segundo o Rádio Clube Português e o jornal “24 Horas”, as imagens apareceram, no passado dia 22, na televisão (Rádio Televisão Portuguesa) num "tempo de antena" do Partido Socialista.


O Provedor do Leitor do Jornal Público diz tudo com esta afirmação: "A propaganda política não tem limites e o PS tem usado frequentemente imagens de crianças em campanha. Mas os pais das crianças têm de saber o fim das imagens. De forma enviezada não".

É um abuso a transmissão das imagens das crianças sem autorização dos pais, num espaço de propaganda política.
É no mínimo lamentável esta promiscuidade entre Governo (Ministério da Educação) e Partido Socialista em campanha pré-eleitoral.
Mas deste tipo de gentinha já se espera tudo.

sábado, 25 de abril de 2009

Selo



Recebido da Ellen - Blogue oS meUs MimiNhos - a quem muito agradeço a distinção.

A velhinha e o MONSTRO - Uma história real


A senhora tem 95 anos de idade (quase um século), está praticamente cega, constantemente acamada.
Recebe um subsídio de reforma de quinhentos e poucos euros mensais que mal chegam para os medicamentos que toma.

Nem sequer existe. Não tem documentos. Em tempos perdeu a mala onde os tinha. Nem Bilhete de Identidade, nem Cartão de Contribuinte, nem sequer Cartão de Eleitor. Não tem condições físicas para se deslocar aos serviços competentes para os renovar.

Mesmo assim o MONSTRO localizou-a.

Há tempos o MONSTRO legislou. E ela passou a ser obrigada a apresentar anualmente a declaração de IRS, mesmo que não tenha que pagar nada ao MONSTRO.

Ela, coitada, nem sabe o que é o IRS. Ela, coitadita, nem sequer já conhece nada de leis.

Só sabe que tem dores, tonturas quando se levanta, que tem que ser amparada, que não vê, que já não pode escrever.

Mas o MONSTRO diz-lhe que tem que fazer uma DECLARAÇÃO. Do que recebe, do que gasta com a sua débil saúde... Ela que nem sequer distingue as moedas.

A carta do MONSTRO chegou. Está atrasada a senhora ! Já em 2007 devia ter mandado a DECLARAÇÃO ! Tem 30 dias para explicar ! E vai pagar uma multa de mais de 100 euros (mais de um quinto da sua pensão mensal) ! Mesmo não devendo nada ao MONSTRO, não devendo nada a ninguém.

O CHEFE DOS MONSTROS diz que não vai perdoar a multa.

A senhora não vai pagar.

Ainda será viva quando vier a penhora dos bens que não existem? Pode ser que lhe venham penhorar o caixão !!!

Esta é uma situação real.
Esta é uma questão que, segundo os números divulgados, abrange 120 mil idosos neste país.
O Estado vai arrecadar cerca de 22 milhões de euros nas multas, uma vez que ninguém tem que pagar imposto.
Dizem os MONSTROS (eu chamo-lhes governantes deste Portugal), que não vão "perdoar" as multas por questões de "justiça e igualdade".
Que justiça social, que igualdade? Isto é roubar a quem não tem força para se defender. É alimentar com o sangue dos pobres a barriga dos senhores do capital, dos ordenados chorudos, das negociatas escuras, dos BMW topo de gama, dos banqueiros, dos empresários corruptos, dos que têm 2 e 3 reformas de milhares de euros: os VAMPIROS.
Haja vergonha !
Assim eu comemoro o 25 de Abril.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Esculturas à beira rio





Zona Ribeirinha de Portimão - Algarve - Portugal

Depois de ter tirado estas fotografias fui procurar informação sobre os seus autores.
Infelizmente não consegui saber de forma cabal quem foram os escultores de cada uma destas obras.
Porém, na minha pesquisa encontrei 3 blogues que, pela sua qualidade e pela divulgação que fazem do barlavento algarvio, em especial da região de Portimão e Monchique, quero aqui deixar como sites a visitar.
São eles:
À Babuja do Arade
O Parente da Refóias
O Parente da Refóias - Fotos Soltas

Selos








Recebi mais dois selos. O da esquerda foi-me concedido pela Marie e o da direita pelo Gaspar de Jesus. A eles os meus agradecimentos.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Curiosidades da Natureza



O pinheiro-bravo (Pinus pinaster) é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região da Europa e Mediterrâneo.

É uma árvore média, alcançando entre 20 a 35 metros. A copa das árvores é piramidal. O tronco está coberto por uma casca espessa, rugosa, de cor castanho-avermelhada e profundamente fendida. A sub-espécie mediterrânica tende a possuir casca mais espessa, que pode ocupar mais de metade da secção do tronco. As suas folhas são folhas persistentes, em forma de agulhas agrupadas aos pares, com 10 a 25 centímetros de comprimento. Tem uma ramificação verticilada, densa, os ramos quando são jovens são muito espaçados e amplos.

Em Portugal era primitivamente uma espécie espontânea na faixa costeira sobre solos arenosos a norte do Tejo, onde encontra as condições fitoclimáticas ideais: humidade atmosférica e influência atlântica, mas actualmente, devido à acção do homem está presente por todo o País, existindo abundantes localizado nos extremos no Norte e Centro (distritos de Viseu, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria e Santarém), que com uma superfície de 812 000 hectares plantados, representam 62,5% da área total do pinheiro em Portugal; penetra até Trás-os-Montes e Beiras, e na faixa litoral desde o Minho até à Península de Setúbal.



O pinheiro-manso (Pinus pinea) é também uma espécie de pinheiro originária da Europa e Mediterrâneo. Desde a pré-história que esta árvore é aproveitada como fonte de alimento, devido aos pinhões que esta árvore produz, sendo uma espécie bastante disseminada.

O pinheiro-manso pode exceder os 25 metros de altura, embora normalmente seja de menor dimensão, entre os 12 e os 20 metros. Possui uma forma de sombrinha bastante característica, com o tronco curto e largo, culminando numa copa bastante plana, o que lhe confere a sua forma conhecida.

É uma árvore ornamental de grande valor. A sua forma é inconfundível devido ao formato da sua copa semi-esférica. Em alamedas e jardins proporciona uma sombra densa e muito agradável.

O epíteto específico, " Pinea", é o nome em latim da pinha, alusivo aos pinhões comestíveis que produz. Os pinhões, são entre nós muito utilizados em confeitaria, culinária e no fabrico de determinados enchidos. É relativamente comum em Lisboa, sobretudo em parques e jardins.

Posto isto vejam esta foto que tirei há dias e expliquem-me o que vos parece que aconteceu aqui.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Foz do Rio Arade



Marina de Portimão (margem direita da foz) - Algarve - Portugal


O Rio Arade é um rio de Portugal que nasce na Serra do Caldeirão e passa por Silves, Lagoa e Portimão indo desaguar no Oceano Atlântico, em Portimão, imediatamente a leste da Praia da Rocha. Na margem oriental está Ferragudo.

No tempo dos descobrimentos portugueses era navegável até Silves, onde existia um importante porto. Hoje, devido ao enorme assoreamento, apenas pequenos barcos aí podem chegar.

Portimão é o grande porto do Arade.



Farol de Ferragudo (margem esquerda da foz) - Algarve - Portugal

Ferragudo (2)


Nossa Senhora da Conceição é a padroeira da freguesia de Ferragudo, e a festa em sua honra realiza-se todos os anos, no último domingo de Agosto.

A Igreja possui um belo altar do século XVI e imagens religiosas de grande valor e beleza, mas o seu elemento mais interessante é, sem dúvida, a colecção de ex-votos dos pescadores, símbolos de promessas feitas à santa padroeira e de milagres por ela realizados.

Construída num ponto alto, o seu adro é um local aprazível e convidativo para desfrutar a paisagem.


segunda-feira, 20 de abril de 2009

Longe de Lisboa


"Nací en Montevideo. Estudié la carrera de canto lírico. Junto a mi hermana Betty formamos un dúo (MARGA Y BETTY) y viajamos por Uruguay, Argentina, Chile, España, Portugal. Resido en Madrid desde 1982. Di recitales en centros culturales de España, en Casa de América, colectividad hebrea...Trabajé en diversas empresas. Me diplomé en Shiatsu, Quiromasaje, Osteopatía, Osteopatía Sacro-Craneal... Agradezco a Alberto de la Madrid su idea y las indicaciones para realizar este blog, además de ser el autor de casi todas las fotografías que publico." (Perfil)

MARGA FUENTES tem um blogue original. Dona de uma voz lindíssima, as suas publicações são sempre constituídas por belíssimas fotografias e por um link onde se podem ouvir as suas canções.

No passado dia 15, Marga publicou uma canção romântica intitulada Lejos de Lisboa (Longe de Lisboa, em português), acompanhada de riquíssimas fotos de Gaspar de Jesus.

Sem querer substituir-me ao artista cujas obras acompanham, e bem, a publicação de Marga, resolvi fazer um vídeo com imagens de Lisboa, para lhe oferecer. Marga pediu-me que o publicasse eu e por isso aqui fica a minha homenagem.

As imagens foram retiradas do SkyscraperCity - Forum Português. Do seu autor (ou autora) apenas sei que é jovem, usa o pseudónimo Lissabona e que tem lá publicadas imagens espectaculares da capital portuguesa.

Quer o blogue de Marga Fuentes, quer o Arte Fotográfia (o de Gaspar de Jesus), são blogues a não perder e que eu aconselho que visitem com regularidade.

Deixem carregar o vídeo até ao fim para não sair aos soluços.

domingo, 19 de abril de 2009

Forte de São João do Arade


O Forte de São João do Arade, também conhecido como Castelo de São João do Arade, ou simplesmente como Castelo do Arade, no Algarve, localiza-se na vila e freguesia de Ferragudo, concelho da Lagoa, distrito de Faro, em Portugal.

Em posição dominante sobre a povoação e a foz do rio, a sua elevação divide duas praias: a Praia da Angrinha e a Praia Grande. Cooperava com o Forte de Santa Catarina, que lhe era fronteiro em Portimão, na defesa do estuário do rio Arade.

A primitiva fortificação do local remonta a uma torre de vigia erguida sob o reinado de D. João II (1481-1495). Posteriormente, quando a vila de Ferragudo foi fundada (1520), acredita-se que tenha sido cercada por um muro defensivo erguido sobre os vestígios de outro, mais antigo, que remontaria à época da construção da torre de vigia.

Já no início do século XX, na qualidade de propriedade particular, o poeta Coelho Carvalho promoveu-lhe extensas obras de adaptação como residência, que lhe deram a actual conformação.

Ainda em mãos de particular, encontra-se classificado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR) desde 1975.

Encontra-se bem preservado, com um amplo jardim muralhado desde a Praia da Angrinha até à Praia Grande. Comporta ainda uma ampla residência com vários conjuntos de muralhas ameadas, em diversos planos.(Fonte: Wikipédia)


sábado, 18 de abril de 2009

Olha para o que eu digo ...


Governadora Civil de Faro apela a condução segura devido ao aumento de mortes na estrada em 2009.

O número de vítimas mortais de acidentes de viação no Algarve no primeiro trimestre de 2009 aumentou relativamente ao período homólogo de 2008, disse hoje a Governadora Civil de Faro, Isilda Gomes, que apelou aos condutores para conduzirem com mais precaução.
"O facto da Estrada Nacional 125 (EN-125) ter deixado de ser tão mortífera não invalida que os cidadãos abrandem os cuidados ao circularem em todas as estradas do Algarve", declarou Isilda Gomes à Agência Lusa, recordando que em 2008 morreram oito pessoas no primeiro trimestre e que este ano já se ultrapassou uma dezena de mortos.

Excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e condução sob efeito de álcool são algumas das causas para os acidentes mortais registados no Algarve, explicou a governadora civil.
(Fonte: Agência Lusa - 6 de Abril de 2009)

Radar apanha Governadora Civil em excesso de velocidade em Portimão.

A Governadora Civil de Faro foi ontem apanhada em excesso de velocidade, apesar de ser a principal dinamizadora da campanha de combate à sinistralidade rodoviária na região do Algarve, noticia o Correio da Manhã.
O jornal diz que Isilda Gomes "foi apanhada pelo radar da GNR a circular a mais de 87 km/hora no Sítio do Malheiro, à saída de Portimão, zona onde o limite é de 50 km/hora por ser cercada por casas e ter várias passadeiras para peões".
O Correio da Manhã acrescenta que Isilda Gomes assumiu a este jornal ter cometido a infracção grave, punível com 120 euros de multa e uma pena acessória de um a 12 meses de inibição de conduzir.
(Fonte: Barlavento Online - 18 de Abril de 2009)

Comentários para quê ? É a mais alta representante do Governo aqui no Algarve.

Ferragudo


Ferragudo é uma freguesia portuguesa situada no extremo poente do concelho de Lagoa, com 5,74 km² de área e 1 867 habitantes (2001). Densidade: 325,26 habitantes/km². Foi elevada a vila em 13 de Maio de 1999.

Serve como "freguesia dormitório" de Portimão, uma vez que alberga muitos que trabalham e que se movem diariamente para a cidade do concelho vizinho. É também uma terra de pescadores que desde sempre esteve intimamente ligada ao rio e ao mar. Hoje, embora mantenha a mesma ligação ao mar, a sua actividade económica está muito ligada à actividade turística.

Possui ao longo da sua área territorial uma vasta extensão ribeirinha e marítima, da qual se destaca o seu pitoresco e belo cais de pesca. (Fonte: Wikipédia)


Ferragudo - Vista de Portimão - Algarve - Portugal

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Dia Mundial da Voz


Neste Dia Mundial da Voz aqui deixo a minha homenagem a uma voz que marcou a minha juventude: a de Simone de Oliveira.



Desfolhada Portuguesa - Simone de Oliveira - Festival RTP da Canção (1969) - Vídeos RTP

Conta-me Como Foi


Há dias escrevi um pequena nota sobre o caso das roupas das funcionárias da Loja do Cidadão de Faro e opinei que era um Regresso à Ditadura Fascista.

Acabei de ler um artigo da autoria de Helena Roseta, publicado no Jornal Público, com o título de uma excelente série de televisão que tem passado na RTP Canal 1: CONTA-ME COMO FOI

Aqui o reproduzo, com a devida vénia:

"Comecei por ter um problema de mangas. Quando era miúda, menina que ousasse ir à missa no Verão com vestido sem mangas era imediatamente admoestada. Tínhamos de andar sempre com um casaco de malha à mão, coisa que até hoje me deixou de mal com semelhante acessório.

Mais tarde, apareceu o problema das meias. Pelos meus quinze anos, comecei a largar os soquetes pelas meias de vidro (ainda não havia collants). À porta do Liceu Maria Amália, as vigilantes investigavam-nos com muita atenção para verificar se trazíamos as pernas cobertas, mesmo que apenas de nylon transparente.

Por fim, veio o problema das calças. Foi já na universidade, em 1969, que decidi ir pela primeira vez de calças para as aulas. Era um par de jeans de bombazina, amarelo-torrado, que tinha trazido de Espanha. Foi um acontecimento. Mulheres de calças só no Verão e na praia, de preferência em estilo "corsário", mas nunca na Baixa, onde se situava a Escola de Belas-Artes em que eu estudava Arquitectura. A coisa passou como uma extravagância "artística", mas ainda recordo os olhares de censura sobre mim, Chiado acima, nesse funesto dia.

Por estas e por outras, o 25 de Abril acabou por ser também uma libertação no tocante ao vestuário. Uma das primeiras grandes decisões que tomei lá em casa, ainda antes daquele inesquecível 1.º de Maio de 1974, com Lisboa toda na rua e a Primavera a rebentar, foi decretar o fim do uso das botas da escola das crianças: dali em diante, a liberdade passava por sandálias.

Mas a verdade é que os meus problemas não acabaram com a instalação do novo regime democrático. Já nos anos 80, era eu Presidente de Câmara em Cascais, onde costumava chegar todos os dias muito cedo. Um belo dia, resolvi levar umas bermudas, último grito da moda, compradas em França. Horas mais tarde, a minha mãe telefonava-me, muito aflita. Alma caridosa tinha alertado o prior para o "escândalo" e o "mau exemplo" que eu estava a dar. Nesse dia, com 36 anos, fiz uma jura solene: nem padre, nem mãe, nem ninguém me haveria nunca mais de dizer o que podia ou não vestir.

Entretanto, a sociedade evoluiu e os hábitos de vestuário também. Os jeans, que eram um adereço informal difícil de comprar em Lisboa há 40 anos, são hoje uma peça universal e um símbolo de moda apropriado pelas melhores marcas. O mesmo aconteceu com as sapatilhas, antes só imagináveis para uso desportivo e que agora, para grande conforto dos pés das mulheres, se calçam todos os dias.

Por tudo isso, a notícia de que uma tal Agência de Modernização Administrativa está a impor um dressing code na Loja do Cidadão de Faro, que inclui a proibição de "saias curtas, decotes exagerados, gangas e perfumes agressivos", soou-me a um impensável regresso ao passado. Há "modernizações" que mais não são que uma espécie de extreme make-over directamente inspirado pelos códigos pseudopuritanos e repressivos do salazarismo. Presumo que o toque "moderno" tem sobretudo a ver com os "perfumes agressivos". Seja como for, a imposição de tais normas de vestuário, ainda por cima só para mulheres, é serôdia e inaceitável.

Ora aqui está um caso para a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego se pronunciar. Por mim, sugiro às funcionárias da Loja do Cidadão de Faro uma forma especial de luta: exigir que o Estado lhes ofereça fardas de corte Armani. Só assim poderão brilhar nas inaugurações oficiais que o engenheiro gosta de nos servir todas as noites pelo telejornal."

Helena Roseta
Arquitecta e membro da Comissão Coordenadora do MIC

(Imagem retirada daqui)

Selo




Recebi mais um selo da amiga Joyce Sanchotene do blogue COISAS MINHAS a quem agradeço mais esta distinção.
Para cumprir as regras ofereço-o aos meus Amigos seguintes:
Marga Fuentes - MARGA FUENTES
Marie Paulino - AS MINHAS IMAGENS

Mena G. - DE OLHAR
Céu Vieira - MARIA DO CÉU LIMAS VIEIRA
Vanessa - FIO DE ARIADNE
Margareth Bravo - PROCURO MEU BLOG

Julieta Barbosa - RECONSTRUINDO CAMINHOS
ellen - EELLEENN

Gaspar de Jesus - ARTE FOTOGRÁFICA
Marco Reis - PÁGINA DE FOTOGRAFIA
As regras são: publicar, passar a 10 amigos, avisá-los que que têm o selo à disposição.
Estejam à vontade para seguir ou não esta pequena brincadeira.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Estrela do meio-dia



Obrigado à Marie por me ter dito o nome destas flores

Farmácia hospitalar com venda directa ao público


O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, inaugura hoje uma farmácia de venda directa ao público, numa cerimónia que contará com a presença do primeiro-ministro e da ministra da Saúde. A farmácia fica instalada junto ao Serviço de Urgência Central do hospital e vai permitir a compra dos remédios prescritos pelo médico logo após a consulta. (Fonte: Público)

Em minha opinião é uma medida de aplaudir vivamente.

Sabendo-se que todos os hospitais têm farmacêuticos no seu quadro de pessoal com capacidade de responsabilização por estruturas como estas, sabendo-se que as condições de emprego para os recém licenciados não é brilhante, não vislumbro porque é que a iniciativa não se implementa desde já em todos os hospitais públicos.

Também não entendo porque é que é necessário tanto alarido político e o que é que o primeiro ministro lá vai fazer.

Bom, estamos em ano de eleições, não é ? Valha-nos Deus !

(Imagem retirada daqui)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A guerra dos medicamentos genéricos


Este post é longo e sei que muitos de vós não o vão ler até ao fim.
Não posso deixar de reproduzir na íntegra o artigo completo do meu colega Paulo Costa, publicado no Jornal Tempo Medicina, dada a clarividência e verdade com que aborda o tema e porque põe os pontos nos ii sobre uma questão que poderá confundir os doentes e levar a atitudes potencialmente perigosas para eles próprios.
Leia-no, com atenção, até ao fim porque acho que vos tirará dúvidas que por ventura possam subsistir nas vossas mentes.

A farsa dos genéricos

Assistimos há dias ao desenrolar de uma situação que a comunicação social classificou como “a guerra dos genéricos”, a propósito da iniciativa da Associação Nacional de Farmácias (ANF) de promover a dispensa de medicamentos genéricos mesmo quando o médico declara na receita não autorizar a substituição.

Suscitado por alegadas preocupações sociais, o caso adquiriu contornos difíceis de perceber e proporcionou-se a todo o tipo de leituras mais ou menos ingénuas.

Não há dúvida de que a investida da ANF foi agressiva, colocou em pé de guerra (entre as devidas aspas) médicos e farmácias, deixou os utentes no meio de um fogo cruzado, tendo-se ainda prestado a instrumento de arremesso à disposição dos habituais políticos de ocasião. Compreende-se portanto o emprego daquela palavra belicosa e, por isso mesmo, mediática; porém, enquanto cidadão atento e médico prescritor de genéricos, encaro o caso como uma farsa ao melhor nível, encenada de forma pouco inocente por uma companhia com assumidos interesses comerciais.

Em primeiro lugar, a campanha que a ANF lançou procurou tão-somente consolidar uma prática que aqui e acolá vai acontecendo com maior ou menor expressão e que, mercê da relativa impunidade com que tem sido tratada, legitimou as aspirações com vista à sua oficialização.
Na sua incontida ânsia monopolista, querendo vencer pela força a intermediação técnica dos médicos no acesso dos utentes ao medicamento, a ANF não se coibiu de atentar contra o Estado de Direito, atropelar a classe médica na sua esfera de competências e tentar instrumentalizar a própria opinião pública, a qual serviria como força de pressão junto do Governo em ano sensível, dados os múltiplos actos eleitorais. Para além da deliberada violação da Lei e da demonstração flagrante de irresponsabilidade institucional, tal actuação afigura-se própria de quem não olha a meios para atingir os fins.

Com a bonomia e a pretensa preocupação social como panos de fundo, a ANF foi ardilosa na proposta de substituir nas receitas médicas os medicamentos de marca por certas marcas de genéricos, presume-se que segundo a sua conveniência comercial. Sucede que, para desagrado da ANF e salvaguarda dos cidadãos e do Estado, são os médicos que estão habilitados técnica, legal e deontologicamente para a prescrição de medicamentos, para além de que estão, e bem, afastados do processo de venda e do lucro inerente.

Hipocrisia à parte, bem distante de quaisquer fins beneméritos, a ANF “tem por missão a defesa dos interesses morais, profissionais e económicos dos proprietários de farmácia”, apresentação que a própria faz no seu sítio de internet. Considerando as bonificações de embalagens tipo “leve x, pague somente y” de que as farmácias podem beneficiar com a venda de algumas marcas de genéricos, haveria margem para iniciativas bem mais solidárias, em vez de, como se faz, promover a comercialização que embora legal, é a meu ver imoral, de embalagens que as farmácias obtêm afinal a custo zero.

Note-se quão substancialmente diferente é a missão dos médicos que assumem ao longo da sua preparação e carreira o compromisso para com o doente. No seu Juramento de Hipócrates, cada médico individualmente assume que “a saúde do doente será a sua primeira preocupação”, princípio que por sinal está registado na cédula profissional. Também à luz do código deontológico, o Médico não deve considerar o exercício da Medicina como uma actividade orientada para fins lucrativos, sem prejuízo do seu direito a uma justa remuneração, devendo a profissão ser fundamentalmente exercida em benefício dos doentes e da comunidade.”

Defender que a decisão da marca seja tomada em absoluto ao balcão da farmácia seria alimentar perigosas perversões em torno de um acto decorrente da relação estabelecida entre médico e doente e propiciar práticas pouco transparentes. Aliás, em qualquer área de negócio seria impensável que a escolha da marca do produto a adquirir pelo consumidor coubesse ao próprio vendedor.

Tratando-se de um produto sensível, e não estando o doente habilitado a decidir a marca do medicamento de que carece, no seio da relação de confiança que o doente estabelece com o seu médico, é com naturalidade que este emirja como provedor dos interesses do doente.

Ao contrário do que se chegou a apregoar, a generalidade dos médicos é de facto sensível ao preço dos medicamentos, até porque, bem vistas as coisas, prescrevem-se cada vez mais genéricos. O que não parece razoável é defender que o preço seja o único critério a levar em conta.

O facto de existirem medicamentos aprovados, genéricos ou não, com o mesmo princípio activo não permite dizer que são todos iguais, o que são é equivalentes. É passível de discussão se as pequenas diferenças ao nível da formulação que definem a margem entre o “equivalente” e o “original” constituem um critério de ponderação aceitável, mas na dúvida, é legítimo que a escolha caiba ao profissional que assume a sua quota-parte de responsabilidade na prescrição e coloca a sua assinatura na receita.

A formulação do produto original foi utilizada em ensaios clínicos; o genérico só tem que provar a bioequivalência / biodisponibilidade com o produto de referência. Para alguns médicos, sobretudo os que mercê da sua experiência constaram resultados distintos na prática clínica com medicamentos supostamente equivalentes, a prova da biodisponibilidade dos genéricos para com o produto de referência pode não se equiparar à força da evidência que o produto original obteve ao longo da investigação a que foi sujeito.

A confiança é uma daquelas coisas que só existem em estado puro. Ou há, ou não há; não há meio-termo.

Por mais atenta e actuante que seja a intervenção do Infarmed, não há garantia absoluta de um mercado isento de irregularidades, podendo estas serem detectadas em momento posterior à entrada do produto em comercialização.

Estive a conferir os alertas de qualidade do Infarmed e constatei que nas últimas duas semanas foi ordenada a suspensão de comercialização de alguns lotes de três medicamentos, por sinal todos genéricos, tendo-se encontrado presumivelmente num dos casos um cabelo impregnado no revestimento dos comprimidos de um antibiótico.

A jusante da vigilância competente do Infarmed, existe uma relação médico-doente que pode ser perturbada por incidentes desta natureza e que não se sanam com a mera retirada do mercado dos produtos que não cumprem as especificações. Também por isso, a prescrição dos médicos é fruto da experiência clínica que colocam ao serviço dos seus doentes. Estou certo de que os estes ficariam horrorizados com a perspectiva de serem tratados por médicos preocupados em receitar barato; estou em crer que a sua vontade é que os clínicos se sirvam de todo o seu conhecimento e experiência e lhes proporcionem com base nisso a terapêutica que considerem reunir mais garantias, ao mais baixo custo possível.

Em virtude de não existir em rigor uma autêntica política de genérico em Portugal, temos um mercado onde pululam múltiplas marcas de genéricos. Algumas destas estão ligadas a empresas “de vão de escada”, como se diz na gíria, que se limitam a adquirir produto às unidades de terceiros e aplicando uma cartonagem com a sua própria marca. Em caso de irregularidade grave com riscos para a saúde pública num lote de medicamentos, é de indiscutível importância a ética e a capacidade da empresa em assumir nessa eventualidade as devidas responsabilidades perante os cidadãos, doentes e prescritores.

É óbvio que existe marketing da indústria farmacêutica junto dos médicos, como o há junto das farmácias e até dos próprios cidadãos. Desencadear uma ofensiva a partir daqui, lançando uma cortina de suspeição sobre todos os médicos, é abusivo e inaceitável, até porque aos médicos estão vedadas as benesses que os laboratórios concedem às farmácias. A relação da indústria com os médicos estabelece-se sobretudo no domínio da formação contínua, o que se traduz em vantagens na sua preparação técnica e actualização de conhecimentos, sem a qual nem os próprios, nem o Ministério da Saúde teriam capacidade de assumir e aquelas, em última análise, constituem uma mais-valia para os doentes que carecem de cuidados.

Outro dos ataques perpetrados pela ANF contra a classe médica e merecedor de comentário é o facto de nos hospitais a prescrição se fazer por denominação comum internacional e não por marca. É surpreendente que, por um lado, os autores da proposta defendam a generalização do modelo de prescrição adoptado nos hospitais e, ao mesmo tempo, se oponham à instalação de farmácias comunitárias nas unidades públicas de saúde. A incoerência roça o escândalo.

A realidade da prescrição dos doentes internados tem aspectos particulares. Por um lado, a relação médico-doente não tem um cunho de personalização tão vincado como no ambulatório. Por outro, compete à instituição hospitalar dotar-se e fornecer os medicamentos necessários aos seus doentes que estão sob a sua alçada, cabendo aos clínicos prescrever de acordo com um formulário próprio, não aplicável ao ambulatório.

Ao longo deste artigo de opinião, refiro-me várias vezes a farmácias e nem uma vez aos farmacêuticos. Não é por mero acaso. A ordem destes profissionais, não obstante a leitura crítica que faz do actual enquadramento legal dos medicamentos genéricos, adoptou perante a polémica uma posição responsável, de alinhamento com a legalidade vigente e defendendo o zelo na observância dos deveres dos seus profissionais, nomeadamente o de “dispensar ao doente o medicamento em cumprimento da prescrição médica…”. Também a própria AFP, Associação de Farmácias de Portugal, que incorpora na sua missão “os direitos do utente, acima de qualquer visão comercial ou empresarial” demarcou-se “veementemente” da polémica gerada pela ANF. A vice-presidente desta associação reconhece que "a responsabilidade da prescrição é do médico e a este assiste o direito e, fundamentalmente, as razões, para a prescrição de um medicamento, genérico ou não. Não cabe a Farmacêutico intervir nesta decisão, forçosamente fundamentada.” “Não há razão para lançar uma campanha deste género sobre uma questão que está legislada e, mais uma vez, os farmacêuticos são colocados numa guerra da qual não fazem parte”.

Impunha-se assim esta nota de rodapé para que as casas não sejam confundidas com a aldeia…

Paulo Costa
Médico

(Foto retirada daqui)

Universidades portuguesas em perigo


As universidades portuguesas correm o risco de não ter dinheiro para pagar os salários até ao final do ano, alertam os reitores numa carta enviada ao ministro do Ensino Superior, José Mariano Gago.

A carta, enviada pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), alerta para “uma situação insustentável”, que só se resolverá com um reforço orçamental urgente.

Com a devida vénia, aqui transcrevo parte de um texto do meu amigo Joshua, do blogue PALAVROSSAVRVS REX:

"Os lucros da Galp cresceram. Os lucros da EDP cresceram. Os Lucros da Banca cresceram. Os Bónus dos CEO cresceram. Os lucros cresceram. Os Lucros cresceram. Os Lucros cresceram. Há menos País, mas os Lucros cresceram. Menos vida e menos verdade, mas os Lucros cresceram. Menos justiça e menos cidadania, mas os Lucros cresceram. Menos liberdade e mais medo, mas os Lucros cresceram. Menos Oposição das Oposições, mas os Lucros cresceram. Mais Poder Absoluto, Desrespeito Absoluto, Sem-Vergonha Absoluta, mas os Lucros cresceram. Mais perseguição por delito de opinião, mas os Lucros cresceram. É tudo uma questão de Lucros. Os Lucros não podem ter moralidade nem decência nem ética nem sentido humanitário. Aliás, está visto, vão no sentido inverso da miséria das pessoas."

A mim só me ocorre dizer, como Manuel Alegre:
Que o poema seja microfone e fale
uma noite destas de repente às três e tal
para que a lua estoire e o sono estale
e a gente acorde finalmente em Portugal.
Manuel Alegre

Pétalas de fogo


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Feliz Páscoa


Desejo a todos os meus leitores e aos meus Amigos uma Páscoa muito feliz.


Regresso à ditadura fascista


Funcionárias da Loja do Cidadão de Faro proibidas de usar saias curtas, decotes e gangas

As funcionárias da Loja do Cidadão de Faro, inaugurada a 3 de Abril, foram proibidas de usar saias curtas, decotes, saltos altos, roupa interior escura, gangas e perfumes agressivos. As instruções foram dadas numa acção de formação antes da abertura da loja, denunciou uma funcionária.

Segundo conta hoje o “Correio da Manhã”, as instruções foram apresentadas durante uma acção de formação promovida pela Agência de Modernização Administrativa.


“Esta acção incide sobre várias matérias e, em particular, sobre o que deve constituir um atendimento de qualidade, que ajuda ou prejudica o relacionamento com os cidadãos”, justificou Maria Pulquéria Lúcio, vogal do Conselho Directivo da agência, ao jornal.


Os “aspectos de postura pessoal foram abordados como importantes para uma imagem cuidada” das funcionárias, acrescentou.


Pulquéria Lúcio confirmou a proibição do uso de decotes exagerados, perfumes agressivos e gangas, mas negou a referência a saltos altos e a roupa interior escura.
(Fonte: Público)

Retorno ao passado do fascismo, que julgávamos já distante.
Este governo conseguiu encher este pobre país de Pulquérias e outras m... !!!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Insónia em noite de Lua Cheia


Um insulto aos portugueses


A notícia já tem alguns dias:

"A palavra do deputado faz fé, não carecendo por isso de comprovativos adicionais". É esta a redacção do ponto sete do novo regime de presenças e faltas dos deputados em plenários, que o presidente da Assembleia da República fez aprovar. Jaime Gama acabou por deixar a possibilidade de os deputados poderem alegar ausência por motivo de doença sem que para isso seja necessária a apresentação de quaisquer justificativos nos primeiros cinco dias. Excepto quando a doença "se prolongue por mais de uma semana".

Os deputados deveriam ser verdadeiramente os "nossos" representantes e espelho do mais límpido e claro comportamento perante os cidadãos que representam, mas que também os elegeram.
As suas prerrogativas não deveriam, em nenhum caso, ofender os direitos de cada um de nós. E isto é mais uma ofensa aos portugueses. A acrescentar às reformas prematuras, às remunerações auto-definidas, à geral falta de produtividade que todos nós, os do Povo, sentimos existirem já.

O deputado é um homem, não diferente dos outros homens e mulheres deste país.
Entre eles há quem cumpra o seu dever e quem não o cumpra, quem seja honesto e quem não o seja, quem realmente tenha espírito de missão e quem se esteja nas tintas para o trabalho, só lhe interessando o "cacau" no fim do mês e as eventuais benesses que o cargo lhe traz.

Para mim a palavra de um deputado vale tanto quanto a minha. Vale tanto como a de um pequeno funcionário público, a de um professor, a de um médico, a de um simples varredor da rua...

Enquanto não se provar que se é desonesto, todos temos o direito a merecer credibilidade por parte dos outros.
Isto é afinal a base do princípio jurídico da "presunção de inocência". Ou não será ?

Repudio veementemente a ideia de que, só porque se é deputado, se é mais dos que os outros homens e mulheres de Portugal.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

O Horror e a Besta


O HORROR

Um novo balanço do sismo de Itália refere a morte de 272 pessoas, entre os quais 16 crianças, e onze desaparecidos, segundo dados da protecção civil italiana, citada pela agência ANSA. Além das vítimas mortais, há a registar mais de mil feridos, dos quais cerca de uma centena em estado grave.

Para já, os esforços estão concentrados nos socorros. Oito mil e quinhentas pessoas estão no terreno.

Dezassete mil, dos 28 mil desalojados pelo sismo em Áquila, vivem actualmente nas tendas instaladas pelas autoridades. Os restantes deixaram a zona rumo a casa de amigos e familiares.
Quanto tempo irá a situação durar: é a questão que todos se colocam. Todos temem que se prolongue por anos, como reconhece o chefe da Cruz Vermelha.

A BESTA

Sílvio Berlusconi, diz que os desalojados deviam enfrentar estes dias como "um acampamento de fim-de-semana".

A declaração do primeiro-ministro italiano foi proferida ao canal alemão N-TV, num comentário às condições de auxílio às vítimas.

"Eles têm tudo o que precisam. Têm apoio médico, comida quente... Claro que o local onde estão é temporário, mas deviam encarar a situação como um fim-de-semana de campismo", referiu Sílvio Berlusconi, em entrevista.

Ruína


terça-feira, 7 de abril de 2009

Um silêncio


Há um silêncio escavado

no meio da pedra,
silêncio escavado
no meio da vida.
Tão fundo, tão fundo,
é um grito.

Silvia Chueire (poetisa brasileira)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Caminhos do Algarve


A minha amiga Maria Souza, de Porto Alegre, Brasil, pediu-me, no comentário do post anterior, que falasse sobre o Algarve.

Aqui vai um pouco de história:

"As marcas da presença humana no Algarve recuam a tempos imemoriais. Exemplos disso são os milenares vestígios neolíticos e as mais recentes, mas não menos interessantes, estações arqueológicas romanas, abertas a visitas. A visita ao passado da região e à sua valiosa história faz-se também percorrendo os diversos museus arqueológicos, que encerram um vasto património ainda por descobrir. Herdeira de antigas civilizações, a região algarvia foi igualmente ponto de passagem de outros povos, numa ligação quase sempre facilitada pelo imenso mar que banha as suas costas.
Os mais de cinco séculos de influência árabe marcaram para sempre os destinos da região, a começar pelo próprio nome: Al-Gharb, O Ocidente. Esta presença, que se prolongou do séc. VIII ao séc. XIII, ainda hoje se encontra bem patente nos nomes das povoações, na agricultura, na arquitectura dos monumentos, nos rendilhados dos terraços e chaminés ou no branco da cal que teima em cobrir o casario de muitas localidades algarvias. Silves assume então a centralidade da região, fruto de uma estratégica localização geográfica.
Em meados do séc. XIII, as terras algarvias são as últimas de Portugal a serem conquistadas ao domínio muçulmano. Após longos avanços e recuos, a reconquista cristã tem a preciosa colaboração dos Cavaleiros da Ordem de Santiago, liderados por D. Paio Peres Correia, para no reinado de D. Afonso III pôr cobro à presença árabe no Algarve e unir a região ao reino de Portugal. Para além de Silves, Tavira e Faro, actual capital algarvia, são definitivamente tomada aos mouros. Fundava-se assim o Reino de Portugal e dos Algarves.
Mais tarde, no início do séc. XV, o início da expansão marítima portuguesa dá novo vigor às terras e gentes algarvias. Lagos e Sagres ficam para sempre ligadas ao Infante D. Henrique e aos Descobrimentos. Ainda hoje, na Ponta de Sagres, um gigantesco dedo de pedra aponta para o oceano Atlântico numa clara alusão à coragem dos navegadores algarvios, como Gil Eanes, que se faziam ao mar à procura de novos mundos para dar ao mundo.
Marcas desta história tão longínqua, mas ainda tão presente na alma algarvia, encontram-se espalhadas por toda a região. Visitar Aljezur, Lagos, Silves, Faro, Tavira, Castro Marim e Alcoutim é descobrir em cada museu, igreja, fortes e castelos a grandeza da história portuguesa, as suas gentes e tradições." (Fonte: Visitalgarve)

Para além do link da fonte do texto, que vos dará muita informação, optei também por aqui colocar um PDF que poderão recolher clicando na imagem abaixo.
Espero dar assim a conhecer uma belíssima região de Portugal que tantos turistas atrai.
Um beijinho para a Maria e um abraço para todos os meus seguidores do Brasil.


sábado, 4 de abril de 2009

Chaminés Algarvias (2)


Depois dos comentários dos meus Amigos Gaspar de Jesus e Céu Vieira no meu post anterior, não me resta outra opção senão a de publicar os originais das fotografias.
Aqui ficam eles, com um abraço de amizade para ambos e o agradecimento pelas opiniões expressas. É bom aprender com que sabe e tem bom gosto. Obrigado meus Amigos.


Chaminés Algarvias


Quantos dias quer de chaminé ?

O mestre pedreiro algarvio costumava fazer esta pergunta ao proprietário da casa para a qual iria construir a chaminé.
Com efeito, o preço da chaminé, um dos símbolos da região algarvia, calculava-se pelo tempo que ela demorava a erguer. Quanto mais específico e elaborado era o seu desenho, mais cara se tornava.
Eram as chaminés da vaidade do proprietário.
É por isso que as chaminés algarvias têm as formas mais diversas. Há-as de todos os modelos e para todos os gostos só tendo como limite a imaginação de quem as faz.

Muitas vezes passamos por elas sem as ver mas, se estivermos minimamente atentos, elas surgirão aos nossos olhos, em casas antigas ou modernas, numa multiplicidade e beleza que vale a pena registar.
Como sabem, são os meus modelos fotográficos preferidos.




Ilha de Faro - Algarve - Portugal

sexta-feira, 3 de abril de 2009