Hoje tenho passado o dia a tentar reflectir os comentários do diHITT no meu blog. Trocas e baldrocas, alguns sustos pelo meio, mas lá consegui o que queria. Tive que mudar o template, coligir os widgets, mas pelo menos funciona. Obrigado a todos os que me ajudaram, especialmente ao Pablo, ao Lenon e à Monika.
Depois fui ver o correio e encontrei a aceitação de amizade da proprietária do blog Brasil na Itália.
Fui lê-lo e desde já daqui lhe endereço cordiais saudações e parabéns pelo blog.
O artigo de hoje pareceu-me deveras interessante.
Tem por título "Você acha que uma mulher que veste a burka deve ter direito a cidadania europeia ?" e conta a história de uma mulher marroquina, de 32 anos, Faiza M., casada com um francês que recebeu uma resposta negativa ao pedido de cidadania na França, devido ao seu hábito de vestir a burka (burqa).
E a autora do texto refere que foi a segunda vez que o pedido de cidadania de Faiza M. foi negado. A justificação foi "falta de assimilação". Segundo o Supremo Tribunal francês a mulher "adotou, em nome de uma prática radical da sua religião, um comportamento social incompatível com os valores da sociedade francesa, com particular referência à igualdade dos sexos."
Obviamente que o acordão do Supremo Tribunal francês não se limitará a esta curta frase e, por ventura, conterá outros argumentos bem mais "fundamentadores" da decisão. A chamada à religião não me parece um argumento que devesse ser usado, especialmente num país que defende valores de "Liberté, Égalité, Fraternité", incluindo a liberdade religiosa. A igualdade dos sexos também é, a meu ver, pura e simples palermice neste caso concreto.
É claro que cada país soberano tem o direito de aceitar (ou não) qualquer pessoa como seu cidadão nacional e segundo as suas próprias regras. Eu não critico, por isso, a decisão da França.
Mas pergunto o que se deveria fazer se uma cidadã francesa, por ascendência e nascimento, resolvesse adoptar o religião muçulmana e passasse a vestir burka pelas ruas de Paris. Certamente que não se lhe retiraria a nacionalidade francesa.
O que me parece é que o problema deve ser outro: o uso da bruka em locais públicos.
Agora imaginemos o quadro seguinte: 9 horas da manhã em Lisboa e entram 2 "figuras" envergando burkas numa dependência bancária.
Não acredito que isso fosse encarado com toda a normalidade e até acho que seria muito possível que alguém accionasse o alarme.
O problema, a meu ver, é de segurança. Segurança dos cidadãos e do próprio Estado.
O assunto terá, mais tarde ou mais cedo, que preocupar os governos ocidentais e levar a legislação nesse sentido.