sexta-feira, 30 de maio de 2008

Princípio do fim das Bombas de Fragmentação ?


Por fim se lê e ouve alguma coisa boa neste mundo, para desanuviar do dia a dia das notícias de mortes por cataclismos, por guerras, por violência em geral.
A Convenção sobre Munições de Fragmentação, que se realizou em Dublin, na Irlanda, desde a última terça-feira até hoje, resulta de mais de um ano de discussões sobre danos causados pelas bombas de fragmentação.

As bombas de fragmentação têm, no seu interior, outras pequenas bombas que se espalham por grandes áreas e depois explodem como se fossem minas terrestres.
Daí que organizações da sociedade civil argumentam que as bombas de fragmentação são "um desastre humanitário". Dizem que este tipo de arma produzem vítimas de forma indiscriminada porque as "bombinhas" podem ficar meses ou anos perdidas num determinado ponto até que alguém passe perto delas por acidente e as faça detonar. No fundo são como se, para além de atingirem o alvo, criassem à sua volta um campo de minas não identificado o que constitui um perigo para civis inocentes.

Segundo a agência Reuters, os EUA, a China e a Rússia rejeitaram o tratado, ao passo que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) lhe deu o seu apoio.
Na quarta-feira, a Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que a abolição dessas armas colocaria em risco a vida de seus soldados e seus aliados. "Embora os EUA compartilhem das preocupações humanitárias dos que estão em Dublin, as munições de fragmentação já demonstraram sua utilidade militar", disse o porta-voz Tom Casey. (Fonte INTERNACIONAL EUROPA ONLINE).
O Brasil também não concordou em assinar o tratado e segundo o JB ONLINE "a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa afirmou que o Estado brasileiro é contrário ao banimento das munições cluster, pois o "direito ao emprego das munições é reconhecido aos Estados e considerado legal, internacionalmente". Além disso, acrescentou, a manutenção das bombas cluster aumenta o poder de fogo do Estado, o que desencorajaria ações contra o território brasileiro e diminui os riscos a equipamentos e tropas."
O documento, agora aprovado por mais de 100 países, diz que os signatários concordaram em proibir, sob qualquer circunstância, o uso, desenvolvimento, fabricação, aquisição e armazenamento desse tipo de munição.
Ainda há tanto caminho a percorrer ...

Greve no sector das pescas


A frota de pesca portuguesa inicia hoje uma greve contra o aumento dos preços dos combustíveis.
As associações de armadores e pescadores portugueses decidiram, em consonância com os sectores pesqueiros de Espanha, Itália e França, iniciar uma paralisação total na sexta-feira, por tempo indeterminado, para chamar a atenção dos governos e da União Europeia para as consequências que o aumento do gasóleo está a ter na sua actividade.
As frotas espanhola e italiana cumprem já greve por tempo indeterminado, às quais se deve juntar a frota grega.
Pescadores e armadores portugueses têm ainda planeada uma manifestação em Lisboa, junto à residência oficial do Primeiro Ministro.
A situação na União Europeia é preocupante.
Apesar da paralisação, o ministro português da Agricultura e Pescas, Jaime Silva, garantiu já que o peixe não escasseará em Portugal. Opinião diversa da Associação de Armadores de Peniche, para quem o peixe fresco deverá começar a escassear nas lotas e o preço deverá mesmo disparar.
Continuamos a não ver luz ao fundo do túnel, continuamos a ter um Governo paralítico e sem iniciativas, a navegar ao sabor da corrente.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Assembleia da República Portuguesa


Vi na televisão algumas passagens do debate de hoje, na Assembleia da República, entre os Deputados dos Partidos com representação parlamentar e os membros do Governo, nomeadamente o Primeiro Ministro.
Desde "cobarde" a "animal" ou "mentiroso", ouviu-se de tudo. Triste espectáculo de falta de educação e de insultos de parte a parte.
As galerias estavam cheias de jovens que levaram para as suas casas e para as suas escolas o exemplo dos Altos Representantes do Povo Português e daqueles que nos governam.
Absolutamente lamentável.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A evolução da técnica


Photobucket

Esta acabei de receber por e-mail.
Autor desconhecido... mas com muito sentido de humor.

1922 - 28 de Maio


O dia 28 de Maio é data rica em acontecimentos do século XX.
Desde logo vem-nos à memória a Revolução de 1926 que nos mergulhou na ditadura de que só nos livrámos em 25 de Abril de 1974.
Mas há mais:
Em 1964 forma-se a Organização de Libertação da Palestina, de Arafat. Em 1982 as forças britânicas derrotam os argentinos na batalha de Goose Green (Guerra das Falklands) dando um poderoso golpe no prestígio da ditadura militar daquele país. Em 1979 a Grécia adere formalmente à União Europeia.

Em 1922, nasce na cidade de Lourenço Marques (hoje Maputo), em Moçambique, aquele que viria a ser uma das maiores figuras da literatura moçambicana: José Craveirinha.

«Nasci a primeira vez em 28 de Maio de 1922. Isto num domingo. Chamaram-me Sontinho, diminutivo de Sonto[1]. Isto por parte da minha mãe, claro. Por parte do meu pai, fiquei José. Aonde? Na Av. Do Zihlahla, entre o Alto Maé e como quem vai para o Xipamanine. Bairros de quem? Bairros de pobres.
Nasci a segunda vez quando me fizeram descobrir que era mulato...
A seguir, fui nascendo à medida das circunstâncias impostas pelos outros.
Quando o meu pai foi de vez, tive outro pai: seu irmão.
E a partir de cada nascimento, eu tinha a felicidade de ver um problema a menos e um dilema a mais. Por isso, muito cedo, a terrra natal em termos de Pátria e de opção. Quando a minha mãe foi de vez, outra mãe: Moçambique.
A opção por causa do meu pai branco e da minha mãe preta.
Nasci ainda outra vez no jornal O Brado Africano. No mesmo em que também nasceram Rui de Noronha e Noémia de Sousa.
Muito desporto marcou-me o corpo e o espírito. Esforço, competição, vitória e derrota, sacrifício até à exaustão. Temperado por tudo isso.
Talvez por causa do meu pai, mais agnóstico do que ateu. Talvez por causa do meu pai, encontrando no Amor a sublimação de tudo. Mesmo da Pátria. Ou antes: principalmente da Pátria. Por parte de minha mãe, só resignação.
Uma luta incessante comigo próprio. Autodidacta.
Minha grande aventura: ser pai. Depois, eu casado. Mas casado quando quis. E como quis.
Escrever poemas, o meu refúgio, o meu País também. Uma necessidade angustiosa e urgente de ser cidadão desse País, muitas vezes, altas horas a noite.»

Prémio Cidade de Lourenço Marques (1959)
Prémio Reinaldo Ferreira do Centro de Arte e Cultura da Beira (1961)
Prémio de Ensaio do Centro de Arte e Cultura da Beira (1961)
Prémio Alexandre Dáskalos da Casa dos Estudantes do Império, Lisboa, Portugal (1962)
Prémio Nacional de Poesia de Itália (1975)
Prémio Lotus da Associação de Escritores Afro-Asiáticos (1983)
Medalha Nachingwea do Governo de Moçambique (1985)
Medalha de Mérito da Secretaria de Estado da Cultura de S. Paulo, Brasil (1987)
Prémio Camões (1991)

Chigubo. Lisboa, Casa dos Estudantes do Império, 1964. 2.ª ed. Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1980
Cantico a un dio di Catrame (bilingue português/italiano). Milão, Lerici, 1966 (trad. e prefácio Joyce Lussu)
Karingana ua karingana. Lourenço Marques, Académica, 1974. 2.ª ed., Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1982
Cela 1. Maputo, Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1980
Maria. Lisboa, África Literatura Arte e Cultura, 1988
Izbranoe. Moscovo, Molodoya Gvardiya, 1984 (em língua russa)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Combustíveis


Recusando culpas no cartório e referindo-se à escalada vertiginosa do preço dos combustíveis, Manuela Ferreira Leite disse à TSF que «a liberalização do preço dos combustíveis tem exactamente o objectivo contrário que é fazer baixar os preços. E portanto isso significa que alguma coisa está a funcionar mal».
Esqueceu-se de algo importante:
Abrir mão de qualquer coisa é perder o controlo sobre ela. E foi isso que aconteceu.
Os detentores do capital visam acima de tudo os lucros e são completamente gelados quanto a preocupações sociais. Sobretudo quando em determinada área se movimentam só 3 ou 4 deles e não há verdadeiramente lugar a "luta" pelo mercado, isto é, quando há praticamente uma situação de monopólio.
Áreas sensíveis como os combustíveis, que podem facilmente alterar todo o quadro económico de um povo tão pequeno e economicamente tão fraco como o nosso, não devem, nem podem, ficar à mercê dos instintos de lucro de menos de meia dúzia de indivíduos.
A baixa do ISP (Imposto sobre os Produtos Petrolíferos) será provavelmente inevitável, até porque o Estado já não tem ao seu dispor outras medidas para proteger a bolsa dos portugueses.
Continuando a citar a praticamente candidata a Primeira Ministra, «a redução do imposto é algo que parece muito fácil. Simplesmente como isto é uma receita do Estado, para o reduzir ou se lança um qualquer outro imposto ou se vai reduzir uma despesa, que não se está a ver qual é.»
Pois é... tem toda a razão !!!
Nós portugueses gostaríamos era de saber qual é a receita que Manuela Ferreira Leite terá escondida na manga mas não disse.
Ou será que a senhora já nem sabe como é que agora se vai descalçar a bota ?

Sócrates versus Ferreira Leite


O Governo de Sócrates está apostado em desfazer-se dos mais importantes sectores de uma sociedade baseada nos valores da solidariedade social, de que o Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública são só dois exemplos.
Disso já todos nos demos conta.
Agora vem Manuela Ferreira Leite dizer (TVI e Público) que tomaria as "mesmíssimas" medidas que Sócrates está a tomar e, em relação à privatização do ensino, que a "sociedade civil" e o "mercado" tratem do assunto.
É quase certo que em breve teremos hospitais públicos para indigentes e escola pública para os portugueses de menos posses.
Os outros... que tratem da vida !!!
Pseudo-socialismo ou capitalismo desenfreado ?
Venha o diabo e escolha.


sexta-feira, 23 de maio de 2008

A chaminé algarvia


Quinta-feira passada. Feriado. Resolvi levantar-me cedo.
Fiz 5 km de agricultura. Fiz buracos no relvado, retirei ramos secos debaixo das árvores, arranhei-me, subi montes, quase caí no lago.
Não !!! Não andei a jardinar, foi simplesmente uma partida de golfe.
Perdi por uma tacada.
Pelo menos não fumei durante a manhã.
Almoço? Uma cataplana de tamboril com marisco no Mister Alvor, bem regada com um Alvarinho delicioso.
Deu-me uma soneira terrível mas resisti.
Fui quase até Monchique (descansem que a alcoolémia estava dentro dos limites legais).
Dei comigo de nariz no ar a olhar para as chaminés das casas à beira estrada.
Tantas vezes a passar por ali e nunca lhes tinha ligado muito, nem olhado para elas em pormenor.
Vemos tantas por aqui, todos os dias...
A máquina fotográfica até estava no carro.
Tirei 23 fotos a outros tantos desses pequenos artefactos da arquitectura tradicional algarvia.
O bichinho ficou e acho que ainda vou fotografar mais e talvez fazer um fotoblogue temático da chaminé algarvia. Se tiver tempo e paciência ...

Chaminé 001

As chaminés da vaidade
Cilíndricas ou prismáticas, quadradas ou rectangulares, simples ou elaboradas, as chaminés algarvias são um símbolo da região e uma prova da influência de cinco séculos de ocupação árabe. Um legado arquitectónico e ornamental presente em grande parte das cidades e vilas do sul de Portugal e visível nas ruas estreitas, na estrutura das casas e no ar de minaretes das chaminés que adornam os telhados.
E no Algarve não havia duas chaminés iguais, porque os mais ou menos elaborados motivos decorativos dependiam sempre dos dias de construção, do prestígio, da vaidade e das posses do proprietário. Aliás, era costume entre os mestres pedreiros perguntar quantos dias queriam de chaminé para avaliar o valor da chaminé a construir, que se traduzia no tempo que a mesma demorava a erigir. Quanto mais delicada e difícil era a sua elaboração, mais dispendiosa se tornava. A cor predominante era o branco da cal, mas honrosas excepções mostram ainda hoje alguns motivos coloridos, sobretudo em tons ocres e azuis.
Esta é uma das principais razões por que as chaminés algarvias ostentam as mais variadas formas, desde as simples ranhuras, aos complicados e belos rendilhados, ou à representação em miniatura de torres de relógio ou de casas. Mas sempre um símbolo visível da arte popular, uma prova de perícia para cada pedreiro e um motivo de orgulho para qualquer proprietário.
Mais do que pura utilidade, as chaminés algarvias desempenhavam um papel ornamental, sendo prova disso a presença de duas chaminés nas casas de campo, numa região em que as condições climatéricas pouco o justificam. A chaminé de uso e também a mais simples e mais funcional ficava situada na casa do forno, onde era costume fazer as refeições, enquanto a chaminé rendilhada, mais pequena e personificada, ocupava um lugar de destaque na cozinha da própria casa, compartimento apenas utilizado para receber visitas ou organizar festas.
Em termos práticos, a chaminé era considerada um sinal de presença de pessoas nas casas, um bom indício do estado do tempo e o local onde era marcada a data de construção da casa.
O interior do Algarve, especialmente Querença, Martinlongo e Monchique são os locais onde melhor se podem contemplar estas seculares chaminés algarvias, uma arte de formas geométricas e rendilhados diversos, rematada a cal, que simboliza o prestígio e a vaidade dos proprietários.
(Fonte: VisitAlgarve - Portal da Região de Turismo do Algarve)

Chaminé  002

Plano da Assistência Familiar


Acabei a arrumação das minhas fotos e não resisti a publicar mais esta, tirada numa das minhas viagens ao Brasil, em Alagoas.

O espírito de iniciativa dos brasileiros, de quem gosto muito aliás, está aqui bem expresso.

Este Plano de Assistência Familiar não lembrava ao diabo.

Plano Assistencial

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Mossos d'esquadra


Mais uma das perdidas, do lote que tirei em Barcelona.
Temos de concordar que "Mossos d'esquadra" é muito mais soft do que "Polícia de Choque" ou "Brigada de Intervenção".

Os Mossos

terça-feira, 20 de maio de 2008

sábado, 17 de maio de 2008

ASAE - Intolerância ou estupidez


"Instituições de solidariedade obrigadas a deitar comida fora

A Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a aplicar com rigor os regulamentos comunitários de higiene às instituições de solidariedade social: exige que as cozinhas tenham os mesmos requisitos que as de um restaurante, proíbe as instituições de aceitar alimentos dados pelas populações e deita fora toda a comida congelada em arcas normais...
... A ASAE alega que o regulamento comunitário sobre legislação alimentar se aplica a qualquer empresa do sector "com ou sem fins lucrativos"... A ideia de intransigência é a que mais sobressai quando se confrontam as instituições de solidariedade social com a actuação da ASAE. Algumas recusaram-se a falar ao PÚBLICO por temerem represálias. "Apresenta-se como uma superpolícia implacável. Falta-lhe sensatez para poder apreciar melhor este sector", afirma o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS). "A ASAE funciona como se estas instituições fossem lucrativas e os seus dirigentes vivessem delas, e não exige ao sector público o que exige a estas instituições", queixa-se Lino Maia....
... Contactada pelo PÚBLICO, a assessoria de imprensa do Ministério da Economia esclareceu, por escrito, que, segundo o regulamento comunitário (n.º 178/2002) - sobre princípios e normas gerais da legislação alimentar -, uma empresa do sector alimentar é "qualquer empresa com ou sem fins lucrativos, pública ou privada, que se dedique a uma actividade relacionada com qualquer das fases da produção, transformação e distribuição de géneros alimentícios"." (Jornal PÚBLICO - 17.05.2008)

Sempre fui a favor da actuação da ASAE a nível da alimentação enquanto comércio (restaurantes, pastelarias, cafés, etc.).

Mas todos sabemos as dificuldades que algumas das ISS (Instituições de Solidariedade Social) vivem, com trabalho a maior parte voluntário, procurando dar algum conforto a quem está só e alimentar quem tem fome, a alojar os sem abrigo.

Todos sabemos que os donativos são grande parte da sua sustentabilidade e não é licito pensar que os tais voluntários não sabem, ou não querem, pôr em prática as melhores condições possíveis de higiene e segurança nos alimentos que aceitam, manipulam e distribuem gratuitamente.

A ideia da ASAE de tratar do mesmo modo os restaurantes e as ISS (Instituições de Solidariedade Social) é mais uma asneira monstruosa de quem parece ter palas nos olhos, como os cavalos, e só ver parte do mundo que o rodeia.

Tratar do mesmo modo a restauração "com ou sem fins lucrativos" é perfeitamente asnático.


sexta-feira, 16 de maio de 2008

Barco Fantasma


Continuo nas arrumações das minhas fotos.
Há coisas que ressaltam pelo insólito. Esta foi uma delas. Nem sei como aconteceu. Estava entre algumas centenas tiradas na minha última viagem a Salvador da Bahia.

Fantasma

terça-feira, 13 de maio de 2008

José Sócrates e Manuel Pinho - Despudor e má educação (2) - Pior a emenda que o soneto


"TAP garante que nos voos fretados se pode fumar a pedido do cliente
13.05.2008 - 16h07 Romana Borja-Santos
Pedir para fumar num voo fretado é tão “normal” como solicitar uma “refeição especial” ou a distribuição de determinados jornais a bordo, garante a TAP (Transportadora Aérea Portuguesa). A companhia não compreende, por isso, a notícia avançada pelo PÚBLICO que dá conta que o primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo fumaram a bordo do Airbus A330, fretado à transportadora portuguesa para uma viagem, realizada ontem, entre Lisboa e Caracas.
De acordo com António Monteiro, porta-voz da companhia, “o cliente que freta um avião pode ter regras diferentes das da companhia”, pelo que pedir autorização para fumar é um serviço especial “tão normal como pedir para se servir outra refeição, distribuir determinados jornais ou ver certos filmes”.
...
O que diz a lei?
Segundo a nova Lei do Tabaco, que entrou em vigor a 1 de Janeiro, é proibido fumar “nos veículos afectos aos transportes públicos urbanos, suburbanos e interurbanos de passageiros, bem como nos transportes rodoviários, ferroviários, aéreos, marítimos e fluviais, nos serviços expressos, turísticos e de aluguer, nos táxis, ambulâncias veículos de transporte de doentes e teleféricos”.

Além disso, a lei exige que os locais onde é permitido fumar “estejam devidamente sinalizados, com afixação de dísticos em locais visíveis, sejam separados fisicamente das restantes instalações, ou disponham de dispositivo de ventilação, ou qualquer outro, desde que autónomo, que evite que o fumo se espalhe às áreas contíguas”. É ainda essencial que “seja garantida a ventilação directa para o exterior através de sistema de extracção de ar que proteja dos efeitos do fumo os trabalhadores e os clientes não fumadores”.

Por outro lado, “nas áreas de trabalho em permanência”, ou seja, nos locais onde os trabalhadores tenham de permanecer mais de 30 por cento do respectivo tempo diário de trabalho, também não se pode fumar. Entende-se por “local de trabalho todo o lugar onde o trabalhador se encontra e em que esteja, directa ou indirectamente, sujeito ao controlo do empregador”.

Por último, na legislação pode ler-se que a proibição se estende aos “locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da Administração Pública e pessoas colectivas públicas”.

Contactado pelo PÚBLICO, o director-geral da Saúde, Francisco George, recusou-se a responder a quaisquer perguntas sobre a situação, nomeadamente sobre se os tripulantes dos voos fretados têm os direitos consignados na lei portuguesa."
Fonte do texto, imagem e notícia completa em Jornal Público, Edição online de 13/5/08

Pior a emenda que o soneto !!! Cada cavadela, minhoca !!!

Quem é, neste caso, o cliente ?

O Engº José Sócrates ? Ou o Governo de Portugal ? O Senhor Engº pagou do seu bolso ?

Ou será que pagámos todos nós ?

E eu que julgava que navios e aeronaves em espaço internacional eram considerados território nacional, onde vigoram as leis de cada país....

Há casos indefensáveis em que os intervenientes deviam mas era estar calados.

José Sócrates e Manuel Pinho - Despudor e má educação


Leio diariamente a página online do Público e hoje fui surpreendido pelo teor da notícia que transcrevo:

"Sócrates e Pinho violaram proibição de fumar a bordo do voo de Lisboa para Caracas

13.05.2008 - 13h33 Luciano Alvarez, em Caracas

O primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo violaram a proibição de fumar no voo fretado da TAP que ligou Portugal e Venezuela e que chegou às cinco horas da manhã de ontem a Caracas (hora de Lisboa, 23h30 na capital venezuelana).
O assunto foi muito comentado durante o voo por membros da comitiva empresarial que acompanha Sócrates e causou incómodo a algum pessoal de bordo.
O supervisor do voo, a segunda autoridade a bordo logo após o comandante, disse não ter dúvidas de que era proibido fumar a bordo e, embaraçado, falou em “situações de excepção”.
Um assessor do primeiro-ministro disse que “é costume” e que as pessoas [que iam a bordo] “não se importaram”.
........ "
Fonte do texto, imagem e notícia completa em Jornal Público, Edição online de 13/5/08

Desculpem mas, como se costuma dizer, passei-me dos carretos.

Porque sou português, educado e respeitador e até porque sou fumador e tenho cumprido leis que estrangulam os meus direitos e sei realmente quanto me custa fazer um voo de longo curso sem fumar. Mas eu, simples cidadão anónimo, cumpro.

A falta de vergonha, o desrespeito por si próprio, pela posição que ocupa e por todos nós afinal, que esta atitude do Primeiro Ministro, a ser verdade, representa, excede tudo que é minimamente admissível.

Não é o cidadão José Sócrates que infringe a Lei e causa desconforto aos seus concidadãos pelo seu péssimo comportamento em público.

Não é o cidadão José Sócrates que assiste e aceita que o cidadão Manuel Pinho infrinja a Lei e não tenha maneiras correctas em público.

Não são dois meros amigalhaços que, à socapa, infringem as normas legais e de bom comportamento, tentando esconder-se do resto dos seus acompanhantes.

É do Primeiro Ministro de Portugal e do Ministro da Economia que se trata.

O Primeiro Ministro do Portugal não é um ingénuo, nem é burro, e deve medir sempre as consequências e o significado do seu comportamento em público.

Deve ser um exemplo, não motivo de chacota.

Ele, Primeiro Ministro, também representa Portugal.

Se "é costume" ainda nos fica mais um motivo para a nossa indignação.

E não se invoquem "situações de excepção" porque é princípio democrático que todos somos iguais perante a Lei.

A ser verdade, repito, não posso deixar de dizer :

Tenha vergonha, Senhor Primeiro Ministro de Portugal !!!

sábado, 10 de maio de 2008

Os Vampiros - Zeca Afonso - Couple Coffee


Hoje dei por mim a arrumar ficheiros anarquicamente gravados no meu computador. Imagens, documentos, música, tudo numa confusão tal onde era difícil descobrir o interessante e dispensar o supérfluo. E foi então que descobri o mp3 que hoje aqui vos deixo para ouvir e meditar.
O Vampiros, com poema e música de Zeca Afonso, interpertação com deliciosa roupagem brasileira dos Couple Coffee & Band, mantém a actualidade do grito de revolta que foi na época.
Digam lá que não ...


No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vêm em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada
A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas

São os mordomos
Do universo todo
Senhores à força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas
Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei

Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas à chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Dia da Europa


No dia 9 de Maio de 1950, pelas 16h00, Robert Schuman, o então ministro francês dos Negócios Estrangeiros, apresentou, no Salon de l'Horloge do Quai d'Orsay, em Paris, uma proposta com as bases fundadoras do que é hoje a União Europeia.

Esta proposta, conhecida como "Declaração Schuman", baseada numa ideia originalmente lançada por Jean Monnet, trazia consigo valores de paz, solidariedade, desenvolvimento económico e social e equilíbrio ambiental e regional e incluía a criação de uma instituição europeia supranacional incumbida de gerir as matérias-primas que nessa altura constituíam a base do poderio militar: o carvão e o aço.

Por se considerar que esse dia foi o marco inicial da União Europeia, os Chefes de Estado e de Governo, na Cimeira de Milão de 1985, decidiram consagrar o dia 9 de Maio como "Dia da Europa".

Futebol Português - Apito Final


"A Comissão Disciplinar da Liga puniu o Boavista com descida de divisão e uma multa de 180 mil euros, por coacção sobre diferentes equipas de arbitragem na época 2003/2004. No âmbito do mesmo processo, conhecido como Apito Final, o FC Porto foi sancionado com a perda de seis pontos, por tentativa de corrupção, e o seu presidente suspenso por dois anos, enquanto a União de Leiria foi punida com perda de três pontos.
Na sequência dos factos apurados, João Loureiro, presidente da SAD do Boavista à data dos factos, foi suspenso de actividades desportivas por um prazo de quatro anos, tendo-lhe ainda sido aplicada uma multa única de 25 mil euros.
Já o presidente do FC Porto, Pinto da Costa, será punido com a suspensão de dois anos e uma multa de dez mil euros. O clube, além da perda de seis pontos, a aplicar na actual temporada, foi ainda condenado ao pagamento de uma multa de 150 mil euros.
O presidente da SAD leiriense, João Bartolomeu, fica suspenso por um ano e terá de pagar uma multa de quatro mil euros, sendo o clube igualmente condenado a desembolsar 40 mil euros.
"
Fonte: jornal Público de hoje

Até que enfim !
Apitos Dourados, Prateados ou Finais (chamem-lhes o que quiserem) parece que começam a dar frutos.
Todos estamos fartos de ouvir falar, há anos, de corrupção no futebol português, mas a descrença estava já a instalar-se.
Será que isso ia dar em nada, como é apanágio de muitas coisas neste país?
Mas a luz ao fundo do túnel parece que começa a brilhar.
Já não era sem tempo.
Claro que alguns adeptos dos clubes agora punidos e os amigos dos dirigentes castigados vão lutar pela sua dama e vão clamar, com toda a força dos pulmões, que tudo foi uma cabala montada para desprestigiar os clubes do norte e em especial o Campeão Nacional.
Mas todos sabemos que a maioria dos adeptos, pessoas honestas e responsáveis, não iriam pactuar com este estado de coisas, quando as verdades fossem tornadas públicas.
Agora foi o caso APITO FINAL, esperemos o encerramento do chamado APITO DOURADO e, por ventura outros que se lhe sigam.
O futebol português tem que ser limpo e deve ser prestigiado.
O futebol português dispensa dirigentes e árbitros corruptos.
Justiça precisava-se, com urgência !

Ontem na Grande Entrevista da RTP, Luiz Filipe Scolari, quando perguntado se havia droga no futebol português, foi evasivo, mas não deixou de ser suficientemente eloquente. Tem ouvido rumores...
Esta é outra área que merece ser bem investigada por quem de direito.
E, sobretudo neste campo da droga, que a mão seja pesada.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Confidencialidade dos dados pessoais


Os noticiários da rádio dão hoje destaque a uma notícia da divulgação da identidade de doentes portadores de SIDA (AIDS para os amigos brasileiros) por parte do INFARMED (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde).
A ser verdade e se essa divulgação é, por si só, muito grave, ela atinge as raias do inconcebível, quando se trata do serviço do Estado, com as atribuições e responsabilidades do INFARMED.

Isto, claramente, faz-nos pensar em que estado estamos relativamente à protecção dos nossos dados pessoais, nomeadamente os de saúde, e até que ponto a devassa deles é um facto diário em Portugal.

Com efeito, e para falar só da SIDA, sabemos que há Companhias de Seguros que continuam a exigir resultados de análises aquando da candidatura a alguns dos seus produtos.
E quem manipula esses resultados ? Vão directamente do laboratório de análises clínicas para o pessoal dos serviços de saúde da Companhia ? O candidato vai, ele próprio, mostrá-los directamente ao médico da Companhia ? Nem pensar...
Serão entregues ao balcão pelo candidato, serão conhecidos por qualquer funcionário administrativo, serão manipulados como eles bem entenderem, e serão registados, mesmo que o seguro seja recusado baseado na positividade desses resultados.
Dir-me-ão que todos os que deles tenham conhecimento estão obrigados a segredo profissional... Balelas !!!

Qualquer um de nós pode afixar na sua caixa de correio uma indicação de que não pretende ali publicidade não endereçada. Mas o facto é que as nossas caixas de correio continuam atafulhadas de papel. E não são só os tão em moda "jornais gratuitos", o que contorna a lei. São sobrescritos correctamente endereçados, provenientes de empresas que, supostamente, não deveriam conhecer o nosso nome completo e a nossa morada.

Algo está errado.

Maré baixa


Maré baixa

Entardecer


entardecer

domingo, 4 de maio de 2008

Mãe


Sinto-me feliz por ainda te ter.
94 anos !!
Quem me dera poder conservar-te por muitos mais.

Põe-te bonita.
Vamos jantar fora.

Nós dois amparamos-te e mostramos-te o caminho.
Vamos comemorar, os três juntos, este dia.

Um beijo para ti minha Mãe, com as flores de que gostas.


Rosas

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Prós e Contras - RTP - Fátima Campos Ferreira


"FERVE e PI's silenciados no 'Prós e Contras'

Estes dois movimentos anti-precariedade tinham sido convidados a participar num debate televisivo sobre as novas propostas de leis laborais apresentadas pelo Governo.
Quando o representante do FERVE (André Soares) e dos Precários-Inflexíveis (João Pacheco) foram conduzidos aos camarins, foi-lhes dito numa escada de acesso que afinal havia demasiados convidados e apenas um deles poderia falar. Os representantes dos dois movimentos decidiram partilhar o curto "tempo de antena”.
Na sua curtíssima declaração, o representante do FERVE, André Soares, colocou várias questões incómodas ao ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva. A partir desse momento foi impossível os representantes destes dois movimentos anti-precariedade voltarem a falar.
O representante do FERVE abandonou o auditório pouco depois de ter falado e de não ter tido direito a respostas do ministro Vieira da Silva, coisa que se esperava de um debate, modelo em que o programa se insere.
O representante dos Precários-Inflexíveis ficou longos minutos de pé na primeira fila da audiência, com um microfone desligado na mão, à espera de poder falar pelo menos uma vez. Ao fim de algum tempo, foi convidado a sair por uma das pessoas da produção do programa.
Com João Pacheco saíram do auditório, em solidariedade, todos os membros dos Precários-Inflexíveis presentes até esse momento nas filas da frente do auditório.
Os Precários-Inflexíveis e o FERVE repudiam o que aconteceu no "Prós e Contras" e estão a preparar uma queixa formal ao Provedor do telespectador da Rádio e Televisão de Portugal, professor Paquete de Oliveira." (fonte: http://fartosdestesrecibosverdes.blogspot.com/).

Pros e Contras

Fátima Campos Ferreira, em cada semana que passa, mais deixa estalar o verniz e melhor mostra o seu verdadeiro rosto.
A sua parcialidade, o desejo de defender as posições do Governo, já se tornam notadas por qualquer, mesmo incauto, espectador da televisão do Estado, que, por ser de serviço público, se deseja isenta, clara e informativa.
As opções pessoais da apresentadora estão a vir cada vez mais ao de cima, por vezes tocando as raias da defesa do indefensável, como foi o caso do debate com a Ministra da Educação.
É pena, porque o programa Prós e Contras era um dos de maior qualidade da RTP.
Que fará o Provedor do Telespectador ? Esperamos uma atitude firme .

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A Preguiça


Acho que hoje deveria escrever qualquer coisa sobre o 1º de Maio.

Jornada de luta ? Chato, já visto e gasto.
Luta dos trabalhadores ? Idem.

Era bom que fosse um dia de harmonia, esperança ... Utopia !

Está um dia de verão ... e ela chegou. Quem ? A preguiça.

Hoje não estou para grandes voos.

Preguiça

Talis pagatio, talis cantatio


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Brasil - Recife - Km 0


Recife - Km0