Por fim se lê e ouve alguma coisa boa neste mundo, para desanuviar do dia a dia das notícias de mortes por cataclismos, por guerras, por violência em geral.
A Convenção sobre Munições de Fragmentação, que se realizou em Dublin, na Irlanda, desde a última terça-feira até hoje, resulta de mais de um ano de discussões sobre danos causados pelas bombas de fragmentação.
As bombas de fragmentação têm, no seu interior, outras pequenas bombas que se espalham por grandes áreas e depois explodem como se fossem minas terrestres.
Daí que organizações da sociedade civil argumentam que as bombas de fragmentação são "um desastre humanitário". Dizem que este tipo de arma produzem vítimas de forma indiscriminada porque as "bombinhas" podem ficar meses ou anos perdidas num determinado ponto até que alguém passe perto delas por acidente e as faça detonar. No fundo são como se, para além de atingirem o alvo, criassem à sua volta um campo de minas não identificado o que constitui um perigo para civis inocentes.
Segundo a agência Reuters, os EUA, a China e a Rússia rejeitaram o tratado, ao passo que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) lhe deu o seu apoio.
Na quarta-feira, a Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que a abolição dessas armas colocaria em risco a vida de seus soldados e seus aliados. "Embora os EUA compartilhem das preocupações humanitárias dos que estão em Dublin, as munições de fragmentação já demonstraram sua utilidade militar", disse o porta-voz Tom Casey. (Fonte INTERNACIONAL EUROPA ONLINE).
O Brasil também não concordou em assinar o tratado e segundo o JB ONLINE "a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa afirmou que o Estado brasileiro é contrário ao banimento das munições cluster, pois o "direito ao emprego das munições é reconhecido aos Estados e considerado legal, internacionalmente". Além disso, acrescentou, a manutenção das bombas cluster aumenta o poder de fogo do Estado, o que desencorajaria ações contra o território brasileiro e diminui os riscos a equipamentos e tropas."
O documento, agora aprovado por mais de 100 países, diz que os signatários concordaram em proibir, sob qualquer circunstância, o uso, desenvolvimento, fabricação, aquisição e armazenamento desse tipo de munição.
Ainda há tanto caminho a percorrer ...