Leio diariamente a página online do Público e hoje fui surpreendido pelo teor da notícia que transcrevo:
"Sócrates e Pinho violaram proibição de fumar a bordo do voo de Lisboa para Caracas
13.05.2008 - 13h33 Luciano Alvarez, em Caracas
O primeiro-ministro, José Sócrates, o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, e vários membros do gabinete do chefe do Governo violaram a proibição de fumar no voo fretado da TAP que ligou Portugal e Venezuela e que chegou às cinco horas da manhã de ontem a Caracas (hora de Lisboa, 23h30 na capital venezuelana).
O assunto foi muito comentado durante o voo por membros da comitiva empresarial que acompanha Sócrates e causou incómodo a algum pessoal de bordo.
O supervisor do voo, a segunda autoridade a bordo logo após o comandante, disse não ter dúvidas de que era proibido fumar a bordo e, embaraçado, falou em “situações de excepção”.
Um assessor do primeiro-ministro disse que “é costume” e que as pessoas [que iam a bordo] “não se importaram”.
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Fonte do texto, imagem e notícia completa em Jornal Público, Edição online de 13/5/08
Desculpem mas, como se costuma dizer, passei-me dos carretos.
Porque sou português, educado e respeitador e até porque sou fumador e tenho cumprido leis que estrangulam os meus direitos e sei realmente quanto me custa fazer um voo de longo curso sem fumar. Mas eu, simples cidadão anónimo, cumpro.
A falta de vergonha, o desrespeito por si próprio, pela posição que ocupa e por todos nós afinal, que esta atitude do Primeiro Ministro, a ser verdade, representa, excede tudo que é minimamente admissível.
Não é o cidadão José Sócrates que infringe a Lei e causa desconforto aos seus concidadãos pelo seu péssimo comportamento em público.
Não é o cidadão José Sócrates que assiste e aceita que o cidadão Manuel Pinho infrinja a Lei e não tenha maneiras correctas em público.
Não são dois meros amigalhaços que, à socapa, infringem as normas legais e de bom comportamento, tentando esconder-se do resto dos seus acompanhantes.
É do Primeiro Ministro de Portugal e do Ministro da Economia que se trata.
O Primeiro Ministro do Portugal não é um ingénuo, nem é burro, e deve medir sempre as consequências e o significado do seu comportamento em público.
Deve ser um exemplo, não motivo de chacota.
Ele, Primeiro Ministro, também representa Portugal.
Se "é costume" ainda nos fica mais um motivo para a nossa indignação.
E não se invoquem "situações de excepção" porque é princípio democrático que todos somos iguais perante a Lei.
A ser verdade, repito, não posso deixar de dizer :
Tenha vergonha, Senhor Primeiro Ministro de Portugal !!!
José Reis
ResponderEliminarObrigado pelo comentário no meu espaço e aproveitando este seu espaço verifico e confirmo mais uma vez a arrogância de uma personalidade que apregoa em voz bem alta o que devemos fazer dando-se depois ao "prazer" de infringir uma norma que está instituída em todas as companhias de aviação.
Estou consigo José Reis e também eu apregoo em voz bem alta:
"TENHA VERGONHA"