sábado, 12 de julho de 2008

O meu nome é Sara

O meu nome é Sara
Tenho 3 anos
Os meus olhos estão inchados,

Não consigo ver.

Eu devo ser estúpida,

Eu devo ser má,

O que mais poderia pôr o meu pai em tal estado?

Eu gostaria de ser melhor,

Gostaria de ser menos feia.

Então, talvez a minha mãe me viesse sempre dar miminhos.

Eu não posso falar,

Eu não posso fazer asneiras,

Senão fico trancada todo o dia.

Quando eu acordo estou sozinha,

A casa está escura,

Tento esconder-me dos seus olhos demoníacos.

Tenho tanto medo agora,

Começo a chorar.

Ele encontra-me a chorar,

Ele atira-me com palavras más,

Ele diz que a culpa é minha, que ele sofre no trabalho.

Ele esbofeteia-me e bate-me,

E berra comigo ainda mais,

Eu liberto-me finalmente e corro até à porta.

Ele já a trancou.
Eu enrolo-me toda em bola,
Ele agarra em mim e lança-me contra o muro.

Eu caio no chão com os meus ossos quase partidos,

E o meu dia continua com horríveis palavras...

'Eu lamento muito!', eu grito

Mas já é tarde de mais

O seu rosto tornou-se num ódio inimaginável.

O mal e as feridas mais e mais,

'Meu Deus por favor, tenha piedade!

Faz com que isto acabe por favor!'

E finalmente ele pára, e vai para a porta,
Enquanto eu fico deitada,

Imóvel no chão.


O meu nome é Sara

Tenho 3 anos,

Esta noite o meu pai matou-me.

Hoje recebi este texto num email, daqueles que as pessoas pedem que reencaminhe. Não o vou fazer. Achei melhor publicá-lo aqui, sem comentários.

2 comentários:

  1. Profundo e triste, mas é a realidade de muitos, "infelizmente".
    Bjuuu e bom domingo.

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  2. O meu comentário apenas serve para dizer que votei na notícia...

    Um abraço,
    Paulo Freixinho

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