sexta-feira, 15 de maio de 2009

Siza Vieira no Alentejo


O conhecido arquitecto português Álvaro Siza Vieira explica qual foi o ponto de partida para desenhar a adega: “Na visita ao terreno encontrei dois elementos fundamentais orientadores do projecto e da implantação do edifício: uma estrada, unindo o complexo industrial, e uma afloração de argila compactada, utilizada até agora como depósito de entulho, em vazio escavado para o efeito. Existe, assim, uma leve afloração num vastíssimo território cultivado e de suave ondulação.
A integridade da paisagem natural é reforçada e ordenada pela manutenção da actividade agrícola (plantação de sobreiro e de vinha pelo Grupo Nabeiro). Estes foram os elementos determinantes, associados ao conhecimento da arquitectura da região."

Na paisagem bela e incólume que é a planície alentejana, Siza Vieira ergueu um volume horizontal, caiado a branco, dividido em dois pisos na sua maior extensão, e com um terceiro piso, destinado a uso turístico e promoção do vinho da região, incluído sobre a entrada principal, no topo sudoeste do edifício.

A serenidade que emana deste volume simples, contrasta com a complexidade que alberga no seu interior, onde convivem espaços monumentais destinados à produção, ao armazenamento, e a abertura das zonas sociais, concebidas para a prova e fruição do vinho.



O rectângulo de 40x120 metros da adega assenta na cavidade existente e ergue-se em muros de nove metros de altura. No topo sudoeste da construção situa-se o acesso de carga e de visitantes.

O edifício eleva-se um piso mais, dando acesso ao terraço panorâmico, de onde é possível observar a vinha e o olival da herdade. No topo oposto, situa-se o cais de entrega da produção. No espaço entre os dois topos estende-se um corredor onde se desenrola o processo de produção do vinho e armazenamento.

Este volume simples divide-se em duas áreas distintas: zona de produção e zona de administração, que compreende também os espaços destinados à promoção do vinho. A zona de produção desenvolve-se a cotas diferentes. Assim, a recepção das uvas faz-se através de uma rampa exterior. O processo de produção do vinho propriamente dito, que inclui fermentação de tintos e brancos, vinificadores, prensas de vácuo, armazenagem, estabilização e estágio do vinho, decorre noutra cota.



Assim distribuído o espaço, é possível distinguir claramente a área de produção, no piso 0, da área destinada aos funcionários da empresa, no piso 1, que acomoda os escritórios da administração e o laboratório de controlo de qualidade.

Siza reservou o último piso para a vertente mais social e pública do vinho. Aí foi criada a sala de provas, os sanitários públicos e a copa. Este espaço abre-se para um terraço panorâmico com relvado e um espelho de água central, onde um painel desenhado também pelo arquitecto, que sobrepõe as silhuetas de uma chávena de café, um copo e uma garrafa, é o único elemento decorativo. (Fonte: Site da Adega Mayor)

5 comentários:

  1. Sensacional, sempre ótimas notícias. parabéns.

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  2. Boa noite JORGE
    Gosto muito disto!!!
    Para que Revista é que o Jorge trabalha???!!!
    1 Abraço
    G.J.

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  3. Gaspar
    Essa tá boa... rssssssssss
    Então aqui fica uma promessa. Abriremos uma garrafa de Reserva do Comendador quando nos encontrarmos pela primeira vez.
    Um abraço

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  4. Nobre amigo Jorge estou visitando este expressivo espaço. Parabéns pelo excelente trabalho mostrado. Bela publicação, ótimo texto, sugestivo, que bom, lindas imagens, valeu ter passado aqui. Feliz e honrado por sua amizade. Quero avisar que tem um “PRÊMIO” esperando por você lá no Blog, não demore! Aguardo por sua visita. Sinta-se em casa. Acredito aquele que caminha sozinho pode até chegar mais rápido... Porém quem segue acompanhado de um amigo com certeza vai mais longe... Encontrar-nos-emos sempre por aqui. Votos de um alegre fim de semana, muita paz, saúde, brilho, bênçãos, proteção e sucesso. Que Deus seja luz presente no nosso caminhar. Um abraço fraterno.
    Valdemir Reis

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  5. De novo à vida normal visto que o regresso da ilha já passou :) 10 anos foi obra. Cheguei com um punhado de rugas...lá não tinha espelho para ver rssssssssss :)

    Pipas jeitosas, para terem ido comigo para ilha :) mas o binho também não faltou porque houve quem levasse eheheh

    Belas fotos. Bjinho

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