segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Cor­dão huma­no para pro­te­ger o Choupal


For­am cer­ca de 1.300 as pes­so­as que ontem qui­se­ram mar­car pre­sen­ça no cor­dão huma­no em tor­no do Chou­pal. Par­ti­lhan­do a opi­ni­ão de que a cons­tru­ção de um via­du­to sobre aque­le espa­ço ver­de e de lazer – pre­vis­ta no novo tra­ça­do do IC2 – vai reti­rar ain­da mais árvo­res à mata, pre­ju­di­car a bio­di­ver­si­da­de e, final­men­te, a qua­li­da­de de vida da popu­la­ção, os cida­dã­os qui­se­ram, sim­bo­li­ca­men­te, pro­te­ger o Chou­pal.

Sob o coman­do de Luís Sou­sa, do movi­men­to cívi­co Pla­ta­for­ma do Chou­pal, as pes­so­as for­ma­ram duas filas, uma jun­to à vala do Mon­de­go e outra pela mar­gem do rio, esten­den­do-se o mais pos­sí­vel e unin­do-se final­men­te, no topo, jun­to à Pon­te-Açu­de, e no final, por entre os cami­nhos que atra­ves­sam a mata. Uma sal­­­va de pal­­mas se­lou a ini­ci­a­ti­va pou­co depois do meio-dia.

As depu­ta­das Alda Mace­do, do Blo­co de Esquer­da, e Tere­sa Ale­gre Por­tu­gal, do PS, des­ta­ca­ram-se entre os mui­tos cida­dã­os anóni­mos. A repre­sen­tan­te do BE na Assem­bleia da Repú­bli­ca con­si­de­rou que «não faz sen­ti­do» a opção pelo via­du­to sobre o Chou­pal quan­do exis­tem alter­na­ti­vas. «Os espa­ços públi­cos estão a ser sacri­fi­ca­dos a cri­té­rios de ordem finan­cei­ra, que têm a ver com o cus­to da obra, mas o patri­mó­nio e a qua­li­da­de de vida das popu­la­ções são tam­bém cus­tos impor­tan­tes», refe­riu Alda Mace­do. Para o BE, que já mani­fes­tou a sua posi­ção jun­to do Minis­té­rio do Ambi­en­te e dos Tran­spor­tes, a mobi­li­za­ção dos cida­dã­os de Coim­bra é importante.

Tere­sa Por­tu­gal che­gou ao Chou­pal acom­pa­nha­da de outros ele­men­tos do Movi­men­to Inter­ven­ção e Cida­da­nia (MIC). «Venho como cida­dã, é o Chou­pal que me traz aqui», decla­rou, notan­do que «não há bom co­nim­bri­cen­se» que não quei­ra de­fen­der aque­le espa­ço.
Ao soci­a­lis­ta elei­ta por Coim­bra con­cor­da com as razões que levam à rea­li­za­ção da obra - «é de con­sen­so geral que a pon­te sobre o Açu­de está sobre­car­re­ga­da em ter­mos de trá­fe­go» -, no entan­to ques­ti­o­na a loca­li­za­ção. «Por­que é que há-de ser aqui»?

Segun­do a par­la­men­tar, «o gover­no soci­a­lis­ta pro­cu­rou res­pon­der a uma neces­si­da­de que lhe foi colo­ca­da pela autar­quia, mas não quer dizer que tenha encon­tra­do a solu­ção per­fei­ta». Tere­sa Por­tu­gal dis­se que o Chou­pal há mui­to tem­po que pre­ci­sa­va de ser recu­pe­ra­do e lamentou que só ago­ra «que lhe vão fazer uma mal­da­de, se pro­me­ta uma inter­ven­ção». (Fonte: M!C)

3 comentários:

  1. Choupal engolido pelo cimento: Não!
    Ai...que é melhor eu nem dizer mais nada...

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  2. Oxalá esse numero aumente...!!!
    Estes "artistas" que estão no poder só entendem a lei da força.
    Parabéns amigo JORGE pela oportuna Postagem.
    Abç
    G.J.

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