sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Pintor e o Quadro - Abraham Levy Lima


O Pintor

Nascido em 1948 de entre 11 irmãos na Ilha de Santo Antão, Abraham Levy-Lima descende de uma família judaica estabelecida em Cabo Verde no início do seculo XIX. Embora começando como agricultores (principalmente de café) e seguindo depois pela via do comércio, foi-se desenvolvendo ao longo das gerações uma certa aptidão para o desenho e pintura.
Filho de pai ilustrador e aguarelista, Abraham completou os seus estudo secundários no Mindelo - Ilha de São Vicente. Na década de 60 e com 18 anos parte para Lisboa a fim de prosseguir os estudos em Engenharia mas, influenciado pelo seu irmão David e pela herança genética que lhe foi transmitida, opta pela pintura.

Dedicado às Artes Plásticas Portuguesas e influenciado pelas escolas Flamenga, Americana e Russa, Abraham desenvolveu um estilo muito próprio apoiado num trabalho de pesquisa profunda da História, da arte de velejar e das narrativas épicas de batalhas navais. Assim, o seu foco artístico passa pelas embarcações históricas, pela natureza paisagística e morta, pela náutica e pelos registos Lisboetas.
Ao longo do tema da Navegação Portuguesa dos Descobrimentos, esforça-se por reconstruir o movimento marítimo no Tejo durante os séculos XVII e XVIII. Já no repertório da cidade de Lisboa antiga e monumental investiga livros e gravuras antigas, regista fotograficamente várias zonas e ângulos da cidade, procurando perceber as alterações sofridas desde o século XV, sobretudo após o terramoto de 1755.
Considerado pela crítica como um Paisagista Urbano Hiper-realista, Pintor Realista Português e Pintor Naturalista Português, Abraham identifica-se acima de tudo como um Artista, Criador Autodidacta de formação também ela autodidacta, que utiliza a técnica de pintura na sua actividade profissional artística.

Abraham Levy-Lima expõe em Portugal desde a década de 70, quer individual quer colectivamente. Representado em publicações de arte e em várias colecções particulares nacionais e internacionais, conta entre os seus clientes o Museu da Marinha de Lisboa, o Museu de Arte de Cabo Verde e o Museu do Vaticano. Para além disso a sua arte viajou um pouco por todo o mundo desde os Estados Unidos da América (Nova Iorque), Itália (Galeria d' Arte Piassa - Spada), Bélgica, França, Cabo Verde, Luxemburgo (Edifício do Parlamento, Dudelange - Gare Usine), China (Yyan Huang Art Museum) e Macau (Landmask).
Em 2000 foi distinguido com o segundo prémio na Bienal de Artes da academia de Marinha. (Fonte A.N.C.)

O Quadro


Nau Pernambuco

Sem comentários:

Enviar um comentário