"A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, admitiu hoje que as alterações introduzidas no quotidiano dos professores podem provocar desmotivação e insatisfação, alegando, no entanto, que essas mudanças são necessárias aos pais, às escolas e aos alunos.
Maria de Lurdes Rodrigues, que falava na Assembleia da República a propósito do Orçamento do Estado para 2009 do sector, referia-se às alterações nas condições de reforma de todos os funcionários públicos e à regulamentação da componente não lectiva dos docentes.
"Peço desculpa aos senhores professores por ter provocado tanta desmotivação, mas é do interesse dos pais, dos alunos e das escolas. Espero que possam beneficiar desta disponibilidade dos professores para estarem mais tempo nas escolas", afirmou a ministra. "Precisava ou não o país de fazer alterações às reformas de todos os funcionários públicos? Precisava ou não o país destas horas de trabalho dos professores?", questionou." (Fonte e Foto: Púbico e SIC Notícias)
Desculpem mas, correndo o risco de aborrecer os meus leitores com este tema, não posso deixar de voltar a ele.
Porque parece que esta senhora está realmente com dores de cabeça. No mínimo deve estar doente.
A sua dialéctica populista e demagógica toma forma de irrealismo para quem sabe o que se passa no terreno.
Mas vai tentando enganar os menos informados.
Qualquer funcionário público tem o seu horário de trabalho e, se ultrapassar esse horário, tem direito ao pagamentos de horas extraordinárias.
Os professores, na prática, não têm horário porque as horas que têm que trabalhar em casa na preparação das aulas, na elaboração e revisão dos testes e, agora, embrulhados na burocracia da papelada da avaliação não são contabilizadas em parte alguma.
E posso garantir que ultrapassa em muito as tais 35 horas semanais, se somadas às horas lectivas e às reuniões.
A Ministra sabe que se todos os professores exigissem trabalhar as 35 horas semanais do seu horário de funcionários públicos nas Escolas e que essas mesmas Escolas tivessem que lhes dar condições para o fazer, seria o caos total. Sabe mas não diz.
A Ministra sabe que as Escolas não têm nem instalações nem equipamentos que permitam aos professores trabalhar com um mínimo de qualidade. Sabe mas não fala disso.
A Ministra sabe que se o Estado tivesse que pagar horas extraordinárias aos professores, seria o caos orçamental do ministério. Sabe mas não divulga.
Só posso pensar que a Ministra está realmente doente. E que a sua doença é altamente contagiosa. Tenhamos cuidado e vamo-nos vacinar, que é como quem diz, vamo-nos informar.
Porque parece que esta senhora está realmente com dores de cabeça. No mínimo deve estar doente.
A sua dialéctica populista e demagógica toma forma de irrealismo para quem sabe o que se passa no terreno.
Mas vai tentando enganar os menos informados.
Qualquer funcionário público tem o seu horário de trabalho e, se ultrapassar esse horário, tem direito ao pagamentos de horas extraordinárias.
Os professores, na prática, não têm horário porque as horas que têm que trabalhar em casa na preparação das aulas, na elaboração e revisão dos testes e, agora, embrulhados na burocracia da papelada da avaliação não são contabilizadas em parte alguma.
E posso garantir que ultrapassa em muito as tais 35 horas semanais, se somadas às horas lectivas e às reuniões.
A Ministra sabe que se todos os professores exigissem trabalhar as 35 horas semanais do seu horário de funcionários públicos nas Escolas e que essas mesmas Escolas tivessem que lhes dar condições para o fazer, seria o caos total. Sabe mas não diz.
A Ministra sabe que as Escolas não têm nem instalações nem equipamentos que permitam aos professores trabalhar com um mínimo de qualidade. Sabe mas não fala disso.
A Ministra sabe que se o Estado tivesse que pagar horas extraordinárias aos professores, seria o caos orçamental do ministério. Sabe mas não divulga.
Só posso pensar que a Ministra está realmente doente. E que a sua doença é altamente contagiosa. Tenhamos cuidado e vamo-nos vacinar, que é como quem diz, vamo-nos informar.
Ela e o Patrão-Mor são gémeos e há mais gémeos por ali !
ResponderEliminarCom vontade há solução para este caso, ainda que se estipule um valor médio para esta remuneração. Por aqui a coisa vai ainda pior , amigo.
ResponderEliminarContinue debatendo o tema que é muito importante.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminaro que é necessário ao país é um ministério da educação totalmente renovado, de preferência com pessoas de fora, como os países nórdicos ou qualquer outro país com sistemas de educação extremamente melhores....
ResponderEliminarNão consegui proseguir sem deixar um comentário, pelo que peço desculpa antecipadamente pela minha intromissão...
ResponderEliminarNão posso deixar de concordar que as escolas não têm capacidade para ter lá os seus professores a trabalhar afincadamente na totalidade do tempo...mas isso acontece na sale de professores, existindo muitas coisas que é "pedida" aos professores para ser feita fora desta...concordo ncontudo que tem razão...
...contudo...todo e qualquer pessoa em Portugal tem (à partida) 40 horas de trabalho efectivo, sendo que no privado não há lugar a recobro ou preparação (numa profissão que não a educação)...e todas as pessoas são avaliadas...é saudável, e no meu ponto de vista imprescindivel para um funcionamento sustentado da instituição...
...que lógica tem evoluir na carreira sem prestar provas? penso que só defende isso quem não se importa de ir a um qualquer serviço, ou solicitar um qualquer estudo ou documento, e de ficar à "espera da morte"...e não se importa porque o seu patrão está a pagar...
...penso ser imperativa a avaliação...e penso que se é o modelo de avaliação que está em causa, sendo os professores avaliados pelos seus colegas efectivos, não está em causa só a qualidade dos avaliadores, penso que se está a apontar o dedo ao estabelecimento de ensino que os efectivou e à sua competência..o que é muito mais grave...
Meu caro Amigo Rafa (permita-me que o trate assim)
ResponderEliminarMuito obrigado pela visita e pelo seu comentário.
Deixe-me que lhe diga que, como poderá ver pelo meu perfil, não sou professor e se há carreira em que a avaliação é feita a sério e a doer, é a minha. E se cheguei ao topo foi à custa de muito trabalho e sacrifícios.
Por isso e até por uma questão de coerência, não posso deixar de estar de acordo com avaliações profissionais, e, neste caso, com a dos professores.
Concordo inteiramente com o meu caro Amigo, nesse aspecto.
Mas que tipo de avaliação ? Aí está o busílis e as muitas incoerências do processo.
Vou dar-lhe alguns exemplos:
1 - Sabia que um professor de português ou inglês, sendo avaliador, pode ter que avaliar do ponto de vista científico e pedagógico um colega de alemão, ou de espanhol, mesmo que não tenha formação nessas línguas ? E que um professor de Educação Física irá avaliar professores de Educação Musical, mesmo que nem sequer saiba o que é uma clave de sol ? Como se sentirá o avaliado ? Como se sentirá o avaliador que é coagido a actuar ?
2 - Sabia que há avaliadores com lugares inferiores na carreira relativamente a alguns avaliandos ? Ou seja, há avaliadores do 9º escalão na carreira a avaliar professores do 10º escalão ?
3 - Sabia que o abandono escolar por parte dos alunos (mesmo que nada tenha a ver com o meio escolar) penaliza o professor na sua avaliação ?
4 - Sabia que as "negativas" dadas aos alunos penalizam o professor ? Não é isto um convite ao facilitismo ? A que todos os alunos tenham boas notas quer saibam ou não ?
5 - Sabia que há professores avaliadores a terem que avaliar dezenas de colegas ? Conheço um caso em que são mais de 20. Onde há tempo para preparar aulas, para dar e corrigir testes ?
6 - Sabia que a maioria desses teste são feitos em casa, em trabalho pela noite dentro, usando os seus próprios meios (computadores, impressoras, etc.) porque as escolas não têm hardware, nem possibilidades de o adquirir ? Ainda por lá há computadores com processadores há muito obsoletos e com o Windows95 ! Sabia que muitas escolas nem sequer têm gabinetes para os professores trabalharem em sossego ?
Acredite, meu Amigo, que apreciei o seu comentário e espero que tenha marcado a opção de seguimento para que possa ler esta minha resposta. Um conselho, se me permite: informe-se melhor.
Um abraço
Jorge
http://www.thepetitionsite.com/1/modelodeavaliacao
ResponderEliminarAssinem esta petição se não concordam com o modelo de avaliação dos professores!!
Olá Rafa
ResponderEliminarDepois do Conselho de Ministros extraordinário desta tarde e das declarações da ministra parece-me que afinal tudo está a voltar à estaca zero.
Suspensão que não é "suspensão", mas que faz parar o processo até à chegada das tais novas medidas e regulamentações (ou esclarecimentos)
Ponto 1 - A ministra disse que isso "acabou". Métodos de ensino e avaliação pedagógica é o mesmo no meu entender. Métodos de ensino, ou seja, estratégias pedagógicas são diferentes de disciplina para disciplina (é o que tenho ouvido), mas como sabe eu não sou professor e por isso não me sinto à vontade para comentar o assunto.
Ponto 2 - Vamos ver o que acontece.
Pontos 3 e 4 - Estes assuntos têm muito a ver com problemas educacionais, da família, do meio social e não pode ser só assacado aos professores. Mas a ministra também já disse que não iria ter influência na avaliação.
Ponto 5 - Pois ! Tem razão. Mas não é isso que se passa na prática nas escolas. Os professores não viram diminuída a sua carga horária pelo facto de serem avaliadores. A ministra também falou nisso. Aguardemos.
Ponto 6 - Aqui o Rafa trás achegas muito válidas. Realmente os professores, nas escolas, não se limitam a dar aulas. Fazem tudo o mais que o meu amigo refere. É verdade. Mas com processadores 386 e windows95 ... (rs)
Quanto à avaliação deste ano não contar para as carreiras, não é bem essa a informação que tenho. Mas acredito em si.
Mas olhe que a "luta" já vem dos princípios do ano de 2007 e não de Outubro, como diz.
Eu não sou tão radical assim e o que me parece é que o problema não será a avaliação mas "esta" avaliação, até porque é muito mais gravosa do que a dos restantes funcionários públicos.
Mas vamos continuar a obter informações e a assistir aos desenvolvimentos.
Parabéns por esse "grupo de reflexão". Grupos como esse são bem necessários entre os jovens (e não só) ?
Uma sugestão: avancem com um blogue. Certamente têm matérias interessantes para nos pôr a reflectir.
Abraço
Senhor Anónimo
ResponderEliminarEste blog não é de um professor. Apenas aqui discutimos, com elevação e educação, um assunto que afinal diz respeito a todos os portugueses conscientes e que se procuram informar.
Obrigado pela informação mas não posso deixar de lamentar que tenha vindo sob o anonimato.
Se o senhor nos propõe que ponhamos a nossa assinatura numa petição, porque não se identifica sem medo ?