Madre Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, (Skopje, 27 de Agosto de 1910 — Calcutá, 5 de Setembro de 1997) foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana beatificada pela Igreja Católica.
Considerada a missionária do século XX, concretizou o projeto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação "Missionárias da Caridade", partiu em direção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.
Partiu para a Índia em 1931, para a cidade de Darjeeling, onde fez o noviciado no colégio das Irmãs de Loreto
No dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de "Teresa". A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias, canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha.
De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e 40, a docência em Geografia no colégio bengalês de Sta Mary, também pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto. Impressionada com os problemas sociais da Índia, que se refletiam nas condições de vida das crianças, mulheres e velhos que viviam na rua e em absoluta miséria, fez a profissão perpétua a 24 de maio de 1937.
Com a partida do colégio, tirou um curso rápido de enfermagem, que veio a tornar-se um pilar fundamental da sua tarefa no mundo.
Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois, e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar as crianças pobres a ler. Desta forma, nasceu a sua Ordem – As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o sári, nas cores — justificou ela — "branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem Maria". Como princípios, adotou o abandono de todos os bens materiais. O espólio de cada irmã resumia-se a um prato de esmalte, um jogo de roupa interior, um par de sandálias, um pedaço de sabão, uma almofada e um colchão, um par de lençóis, e um balde metálico com o respectivo número.
Começou a sua atividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto e as regras de higiene. A sua tarefa diária centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento e de confiança em Deus.
No dia 21 de dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra.
Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a sua congregação e deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.
* Um serviço ao mundo
Ao primeiro lar infantil ou "Sishi Bavan" (Casa da Esperança), fundada em 1952, juntou-se o "Lar dos Moribundos", em Kalighat.
Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc.
O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Templeton Prize, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.
Morreu em 1997, aos 87 anos, mas o seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de março de 1997 como sua sucessora. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram em directo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.
Hoje a sua Congregação reúne 3.000 freiras e 400 irmãos, em 87 países, dando apoio aos mais necessitados em cerca de 160 cidades.
Um de seus pensamentos era este: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”.
* A "noite escura" de Madre Teresa
Uma coleção de cartas dirigidas a uns poucos conselheiros espirituais e recolhidas no livro Mother Teresa: Come Be My Light publicado em 4 de setembro de 2007, organizado pelo Padre Brian Kolodiejchuk, postulador da causa da sua canonização revelaram, segundo alguns, dúvidas profundas de madre Teresa sobre sua fé em Deus, provocando discussões sobre uma possível posição agnóstica.
Madre Teresa, em suas cartas, descreveu como sentia falta de respostas de Deus. Em 1956 escreveu: "Tão profunda ânsia por Deus - e ... repulsa - vazio - sem fé - sem amor - sem fervor. Almas não atrai - O céu não significa nada - reze por mim para que eu continue sorrindo para Ele apesar de tudo." Em 1959: "Se não houver Deus - não pode haver alma - se não houver alma então, Jesus - Você também não é real."
No entanto, o texto de suas cartas não deve afetar a campanha por sua santificação, já que a Igreja defende que outros santos também demonstraram dúvidas em relação a sua fé, como por exemplo São Tomé.
* A crise espiritual.
Segundo o postulador da causa da canonização de Madre Teresa e autor do livro, a sua crise espiritual começou nos anos 50, logo após a fundação da ordem das Missionárias da Caridade; a partir daí "viveu uma grande fase de escuridão interior que se prolongou até a sua morte". "Sabia que estava unida a Deus, mas não conseguia sentir nada .Este fenômeno é conhecido na tradição e na teologia mística cristã, e foi São João da Cruz quem o chamou de noite escura do espírito, o que considera uma etapa no caminho de alguns santos no caminho de identificação com Deus.
* Silêncio divino.
Bento XVI comentando as cartas disse que este silêncio serve para que os crentes percebam a situação daqueles que não acreditam em Deus. Falando sobre as experiências místicas da beata disse que "tudo aquilo que já sabíamos se mostra agora ainda mais abertamente: com toda a sua caridade, a sua força de fé, Madre Teresa sofria com o silêncio de Deus".
* Antídoto contra o sentimentalismo.
Kolodiejchuk enxerga na atitude da beata um antídoto contra o sentimentalismo: "A tendência em nossa vida espiritual, e também na atitude mais geral relativamente ao anor, é que o que conta são os nossos sentimentos. Assim a totalidade do amor é o que sentimos. Mas o amor autêntico a alguém requer o compromisso, fidelidade e vulnerabilidade. Madre Teresa não "sentia" o amor de Cristo, e poderia ter cortado, mas levantava-se às 4:30 hs. cada manhã por Jesus e era capaz de escrever-lhe: Tua felicidade é o único que quero. Este é um poderoso exemplo, inclusive em termos não puramente religiosos."
* Santa da escuridão.
O jornal New York Times em editorial de 5 de setembro de 2007 assinala que Madre Teresa em uma de suas cartas afirma que se alguma vez chegarei a ser santa, seguramente o serei da escuridão. O editorial cita a jornalista e escritora Flannery O’Connor, católica, que passou por uma difícil enfermidade de natureza degenerativa, que escreveu que existem pessoas que "pensam que a fé é um grande cobertor elétrico, quando é com certeza a cruz". O artigo procura estabelecer um paralelismo entre o sofrimento dessas duas mulheres quando considera que "ambas não falaram sobre o seu próprio sofrimento e continuaram a trabalhar. "Madre Teresa, enferma de nostalgia por um sentido do divino, manteve a fé com os enfermos de Calcutá", conclui o editorial.
Michael Gerson, colunista do Washington Post, a respeito da "noite escura" de Madre Teresa, escreve que este fato interior e o contraste externo de sua alegria e sorriso não podem ser considerados como se fosse hipocrisia. Afirma que "Há uma espécie de valentia na perda da ilusão sem perder o coração" e que "a santidade tem que ver mais com obediência que com sentimentos espirituais, que a fé pode coexistir com o sofrimento e a dúvida, que a santidade pode ser mais áspera e mais difícil do que imaginamos".
* Deus caritas est
Bento XVI na sua encíclica Deus caritas est, de 25 de dezembro de 2005, "sobre o amor cristão", cita Madre Teresa como exemplo de pessoa de oração e ao mesmo tempo de fé operativa:
"A piedade não afrouxa a luta contra a pobreza ou mesmo contra a miséria do próximo. A beata Teresa de Calcutá é um exemplo evidentíssimo do fato que o tempo dedicado a Deus na oração não só não lesa a eficácia nem a operosidade do amor ao próximo, mas é realmente a sua fonte inexaurível. Na sua carta para a Quaresma de 1996, essa beata escrevia aos seus colaboradores leigos: 'Nós precisamos desta união íntima com Deus na nossa vida quotidiana. E como poderemos obtê-la? Através da oração'."
* Controvérsias e Críticas
Críticos de Madre Teresa, nominalmente Christopher Hitchens, Aroup Chatterjee e Robin Fox, argumentam que sua organização fornecia ajuda abaixo dos padrões e esta primariamente interessada em converter pessoas à beira da morte para o Catolicismo, e usou doações para atividades missionárias em outros lugares, em vez de gastar na melhoria do padrão de ajuda médica. Esses críticos representam ainda uma pequena minoria mas colocaram objeções fortes às virtudes de Madre Teresa.
A Igreja Católica nega a maioria dessas críticas. Por exemplo, a idéia que missionários gastavam dinheiro em atividades missionárias parece óbvia e Madre Teresa nunca afirmou que suas atividades eram sobre ajuda médica. Christopher Hitchens escreveu que as próprias palavras de Madre Teresa sobre pobreza provam que "suas intenções não eram de ajudar as pessoas". Hitchens vai mais fundo afirmando que Madre Teresa mentiu a doadores sobre onde suas contribuições eram usadas.
Em 1994, Hitchens publicou um artigo no The Nation entitulado "O Demônio de Calcutá". Dr. Aroup Chatterjee, o autor de "Madre Teresa: O Veredito Final" (2003), afirma que a imagem pública de Madre Teresa como ajuda dos pobres, dos doentes e dos à beira da morte é errada e exagerada; ele mantém que o número de pessoas que são servidas mesmo pela maior parte das casas não é perto do que os ocidentais são levados a acreditar. Como o Vaticano aboliu o papel tradicional de "Advogado do Diabo" que servia um propósito similar, Hitchens foi a única testemunha chamada pelo Vaticano para dar evidência contra a beatificação e processo de canonização de Madre Teresa. (Fonte:Wikipédia)
Considerada a missionária do século XX, concretizou o projeto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação "Missionárias da Caridade", partiu em direção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.
Partiu para a Índia em 1931, para a cidade de Darjeeling, onde fez o noviciado no colégio das Irmãs de Loreto
No dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de "Teresa". A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias, canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha.
De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e 40, a docência em Geografia no colégio bengalês de Sta Mary, também pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto. Impressionada com os problemas sociais da Índia, que se refletiam nas condições de vida das crianças, mulheres e velhos que viviam na rua e em absoluta miséria, fez a profissão perpétua a 24 de maio de 1937.
Com a partida do colégio, tirou um curso rápido de enfermagem, que veio a tornar-se um pilar fundamental da sua tarefa no mundo.
Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois, e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar as crianças pobres a ler. Desta forma, nasceu a sua Ordem – As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o sári, nas cores — justificou ela — "branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem Maria". Como princípios, adotou o abandono de todos os bens materiais. O espólio de cada irmã resumia-se a um prato de esmalte, um jogo de roupa interior, um par de sandálias, um pedaço de sabão, uma almofada e um colchão, um par de lençóis, e um balde metálico com o respectivo número.
Começou a sua atividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto e as regras de higiene. A sua tarefa diária centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento e de confiança em Deus.
No dia 21 de dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra.
Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a sua congregação e deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.
* Um serviço ao mundo
Ao primeiro lar infantil ou "Sishi Bavan" (Casa da Esperança), fundada em 1952, juntou-se o "Lar dos Moribundos", em Kalighat.
Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc.
O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Templeton Prize, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.
Morreu em 1997, aos 87 anos, mas o seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de março de 1997 como sua sucessora. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram em directo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.
Hoje a sua Congregação reúne 3.000 freiras e 400 irmãos, em 87 países, dando apoio aos mais necessitados em cerca de 160 cidades.
Um de seus pensamentos era este: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”.
* A "noite escura" de Madre Teresa
Uma coleção de cartas dirigidas a uns poucos conselheiros espirituais e recolhidas no livro Mother Teresa: Come Be My Light publicado em 4 de setembro de 2007, organizado pelo Padre Brian Kolodiejchuk, postulador da causa da sua canonização revelaram, segundo alguns, dúvidas profundas de madre Teresa sobre sua fé em Deus, provocando discussões sobre uma possível posição agnóstica.
Madre Teresa, em suas cartas, descreveu como sentia falta de respostas de Deus. Em 1956 escreveu: "Tão profunda ânsia por Deus - e ... repulsa - vazio - sem fé - sem amor - sem fervor. Almas não atrai - O céu não significa nada - reze por mim para que eu continue sorrindo para Ele apesar de tudo." Em 1959: "Se não houver Deus - não pode haver alma - se não houver alma então, Jesus - Você também não é real."
No entanto, o texto de suas cartas não deve afetar a campanha por sua santificação, já que a Igreja defende que outros santos também demonstraram dúvidas em relação a sua fé, como por exemplo São Tomé.
* A crise espiritual.
Segundo o postulador da causa da canonização de Madre Teresa e autor do livro, a sua crise espiritual começou nos anos 50, logo após a fundação da ordem das Missionárias da Caridade; a partir daí "viveu uma grande fase de escuridão interior que se prolongou até a sua morte". "Sabia que estava unida a Deus, mas não conseguia sentir nada .Este fenômeno é conhecido na tradição e na teologia mística cristã, e foi São João da Cruz quem o chamou de noite escura do espírito, o que considera uma etapa no caminho de alguns santos no caminho de identificação com Deus.
* Silêncio divino.
Bento XVI comentando as cartas disse que este silêncio serve para que os crentes percebam a situação daqueles que não acreditam em Deus. Falando sobre as experiências místicas da beata disse que "tudo aquilo que já sabíamos se mostra agora ainda mais abertamente: com toda a sua caridade, a sua força de fé, Madre Teresa sofria com o silêncio de Deus".
* Antídoto contra o sentimentalismo.
Kolodiejchuk enxerga na atitude da beata um antídoto contra o sentimentalismo: "A tendência em nossa vida espiritual, e também na atitude mais geral relativamente ao anor, é que o que conta são os nossos sentimentos. Assim a totalidade do amor é o que sentimos. Mas o amor autêntico a alguém requer o compromisso, fidelidade e vulnerabilidade. Madre Teresa não "sentia" o amor de Cristo, e poderia ter cortado, mas levantava-se às 4:30 hs. cada manhã por Jesus e era capaz de escrever-lhe: Tua felicidade é o único que quero. Este é um poderoso exemplo, inclusive em termos não puramente religiosos."
* Santa da escuridão.
O jornal New York Times em editorial de 5 de setembro de 2007 assinala que Madre Teresa em uma de suas cartas afirma que se alguma vez chegarei a ser santa, seguramente o serei da escuridão. O editorial cita a jornalista e escritora Flannery O’Connor, católica, que passou por uma difícil enfermidade de natureza degenerativa, que escreveu que existem pessoas que "pensam que a fé é um grande cobertor elétrico, quando é com certeza a cruz". O artigo procura estabelecer um paralelismo entre o sofrimento dessas duas mulheres quando considera que "ambas não falaram sobre o seu próprio sofrimento e continuaram a trabalhar. "Madre Teresa, enferma de nostalgia por um sentido do divino, manteve a fé com os enfermos de Calcutá", conclui o editorial.
Michael Gerson, colunista do Washington Post, a respeito da "noite escura" de Madre Teresa, escreve que este fato interior e o contraste externo de sua alegria e sorriso não podem ser considerados como se fosse hipocrisia. Afirma que "Há uma espécie de valentia na perda da ilusão sem perder o coração" e que "a santidade tem que ver mais com obediência que com sentimentos espirituais, que a fé pode coexistir com o sofrimento e a dúvida, que a santidade pode ser mais áspera e mais difícil do que imaginamos".
* Deus caritas est
Bento XVI na sua encíclica Deus caritas est, de 25 de dezembro de 2005, "sobre o amor cristão", cita Madre Teresa como exemplo de pessoa de oração e ao mesmo tempo de fé operativa:
"A piedade não afrouxa a luta contra a pobreza ou mesmo contra a miséria do próximo. A beata Teresa de Calcutá é um exemplo evidentíssimo do fato que o tempo dedicado a Deus na oração não só não lesa a eficácia nem a operosidade do amor ao próximo, mas é realmente a sua fonte inexaurível. Na sua carta para a Quaresma de 1996, essa beata escrevia aos seus colaboradores leigos: 'Nós precisamos desta união íntima com Deus na nossa vida quotidiana. E como poderemos obtê-la? Através da oração'."
* Controvérsias e Críticas
Críticos de Madre Teresa, nominalmente Christopher Hitchens, Aroup Chatterjee e Robin Fox, argumentam que sua organização fornecia ajuda abaixo dos padrões e esta primariamente interessada em converter pessoas à beira da morte para o Catolicismo, e usou doações para atividades missionárias em outros lugares, em vez de gastar na melhoria do padrão de ajuda médica. Esses críticos representam ainda uma pequena minoria mas colocaram objeções fortes às virtudes de Madre Teresa.
A Igreja Católica nega a maioria dessas críticas. Por exemplo, a idéia que missionários gastavam dinheiro em atividades missionárias parece óbvia e Madre Teresa nunca afirmou que suas atividades eram sobre ajuda médica. Christopher Hitchens escreveu que as próprias palavras de Madre Teresa sobre pobreza provam que "suas intenções não eram de ajudar as pessoas". Hitchens vai mais fundo afirmando que Madre Teresa mentiu a doadores sobre onde suas contribuições eram usadas.
Em 1994, Hitchens publicou um artigo no The Nation entitulado "O Demônio de Calcutá". Dr. Aroup Chatterjee, o autor de "Madre Teresa: O Veredito Final" (2003), afirma que a imagem pública de Madre Teresa como ajuda dos pobres, dos doentes e dos à beira da morte é errada e exagerada; ele mantém que o número de pessoas que são servidas mesmo pela maior parte das casas não é perto do que os ocidentais são levados a acreditar. Como o Vaticano aboliu o papel tradicional de "Advogado do Diabo" que servia um propósito similar, Hitchens foi a única testemunha chamada pelo Vaticano para dar evidência contra a beatificação e processo de canonização de Madre Teresa. (Fonte:Wikipédia)
Mesmo com todas as controvérsias, havemos de afirmar toda a vida de sacrifícios, abnegação e dedicação desta mulher. Ela foi um exemplo de solidariedade.
ResponderEliminarObrigada Jorge, pela sua visita. Assim como Florbela, admiro muitos autores e poetas portugueses. Não só por nossa proximidade natural, mas porque os admiro como um povo desbravador e cheio de saudades e isto parece que transparece nas artes de vocês.
Bjs
Berenice
Muito legal, Jorge. Sempre é bom lembrar esse emblema da solidariedade e da compreensão da dor do outro que foi Madre Teresa. Sem dúvidas ela estará sempre entre os poucos que realmente interpretaram e colocaram em prática o evangélio.
ResponderEliminarAbraços
Olá Jorge, um prazer conhecer você e seu blog!
ResponderEliminarTambém linkei você.
Tudo de bom!
Paz e bem!Meu nome é ir.Clara Maria,tenho procurado o significado da cruz nos ombros da missionárias da caridade, se alguém tiver a resposta ficaria muito grata.
ResponderEliminarDeus lhes pague!
Paz e bem!Meu nome é ir.Clara Maria,tenho procurado o significado da cruz nos ombros da missionárias da caridade, se alguém tiver a resposta ficaria muito grata.
ResponderEliminarDeus lhes pague!