terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Novo episódio na crise da educação


O secretário de Estado Adjunto e da Educação afirmou hoje que não é possível manter negociações com os sindicatos de professores, caso estes continuem a apelar à suspensão do modelo de avaliação de desempenho nas escolas.

"O Governo não deixará de extrair conclusões da atitude dos sindicatos (...). Não é possível desenvolver um processo negocial de boa-fé com quem está permanentemente a apelar ao incumprimento da lei", afirmou Jorge Pedreira. (Fonte: Público)

Na realidade este Ministério da Educação já não sabe o que fazer para sair deste imbróglio de cara lavada. Esticaram a corda demais e ela vai partir em breve.
Este senhor Secretário de Estado, o único que ainda dá a cara na comunicação social, continua a defender o indefensável e ameaçar os professores.
Só me admira que a Fenprof e os professores ainda não tenham visto que está na hora do golpe final com a transformação da greve de um dia, marcada para 19 de Janeiro, em greve continuada até resolução dos problemas.
Têm medo de quê ? Perder algumas migalhas em Euros ? Os funcionários da recolha do lixo ganham menos e avançaram.
Têm medo de processos disciplinares ? A Inspecção Geral já disse o que pensava disso em Carta Aberta. E quantos milhares de processos seriam necessários ?
E mais: admira-me que os dirigentes da Fenprof continuem a fazer figura de palermas, comparecendo às reuniões que lhes são pedidas.
Tenham maneiras senhores professores. Dêem exemplos de firmeza, de coragem, já que a força está na vossa união.
A opinião pública já se apercebeu da situação, não tenham medo de agir em força.

5 comentários:

  1. Os professores portugueses estão mais unidos do que nós aqui pelo Brasil. Torço para que marquem um gol decisivo.
    Grande abraço!
    Feliz natal e ano novo a ti
    e aos que te forem importantes!

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  2. Estou há que tempos para escrever um texto sobre esta questão. Penso que o Secretário de Estado Jorge Pedreira deu-me ontem um bom motivo para deixar de adiar a questão, ao declarar, ainda não tinha recebido o abaixo-assinado dos professores, que parte das assinaturas era falsa.

    Vou ver se amanhã, véspera de Natal, época de concórdia e paz nos corações e nas almas, terei tempo para fazê-lo, tentando desmontar-lhe a falaciosa argumentação.

    Jorge Reis, ao mesmo tempo que lhe endereço parabéns pelo texto, desejo-lhe a si e a todos aqueles que lhe estão próximos muita saúde e que todos os seus desejos se concretizem, tendo contudo em linha de conta que a crise – em cuja concepção e deflagrar não fomos tidos nem achados – teimará em persistir até que algum candidato a Nobel da economia consiga vir desmentir os seus predecessores e abra as portas a dias mais sorridentes.

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  3. Texto suficientemente elucidativo do que é preciso fazer para acabar de vez com estas arrogâncias.

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  4. Jorge, obrigada pela sua mensagem.

    Desejo a você e aos seus familiares um Feliz Natal e um 2009 mais justo, mais feliz.

    Em Portugal, como no Brasil, os problemas da Educação muitas vezes têm um aspecto patológico...

    Bjs e inté!

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  5. Feliz Natal para ti e para todos aqueles por quem nutres uma grande amizade e amor.

    Quanto ao teu texto, está muito bom......mas não é assim tão "simplex".....falo por mim, pois se um dia de greve, já se reflete no orçamento.....imagina mais.....agora, se me falares em greve de zelo.......aí sim, cá estou eu plenamente de acordo......em luta,no meu local de trabalho.

    bjinhos
    Rosário

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