quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Viagem pelo mundo lusófono (6) - Angola


Esta é terra dos meus amores. Aqui vivi toda a minha meninice e a minha juventude. Aqui brinquei. Aqui estudei. Aqui fiz os meus Grandes Amigos. Aqui tive a minha primeira namorada. Um dia talvez possa voltar.

O nome Angola deriva da palavra bantu N'gola, título dos governantes de uma região situada a leste da hoje capital Luanda, no século XVI, época na qual começou a o estabelecimento de entrepostos comerciais da região pelos portugueses. A ocupação efectiva deu-se após o Ultimato Britânico. Visou açambarcar a maior quantidade de território possível.

Foi uma colónia portuguesa até 1975, ano em que o país ganhou sua independência. Durante a ocupação filipina de Portugal, os holandeses procuraram desapossar os portugueses desta região, ocupando Luanda e outros pontos estratégicos do litoral (Benguela, Santo António do Zaire, as barras do Bengo e do Cuanza). Em 1648, o luso-brasileiro Salvador Correia de Sá reuniu no Rio de Janeiro uma grande expedição, com uma frota de quinze navios e cerca de dois mil homens, que expulsou os holandeses para contentamento tanto dos portugueses como dos colonos do Brasil.

No século XX Angola não conheceu a paz desde 1961 até 2002, primeiro em virtude da luta contra o domínio colonial português, depois como consequência da guerra civil que eclodiu em 1975 entre os principais partidos de Angola, os anteriores movimentos de libertação. O poder político manteve-se na posse do Movimento Popular de Libertação de Angola desde 1975, embora o partido da oposição União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) tenha dominado parte do território até ao fim da última guerra civil.

A guerra civil de 26 anos causou grandes danos às instituições políticas e sociais do país. As Nações Unidas estimam em 1,8 milhões o número de pessoas internamente deslocadas, enquanto que o número mais aceite entre as pessoas afectadas pela guerra atinge os 4 milhões. As condições de vida quotidiana em todo o país e especialmente em Luanda (que tem uma população de cerca de 4 milhões, embora algumas estimativas não oficiais apontem para um número muito superior) espelham o colapso das infra-estruturas administrativas bem como de muitas instituições sociais. A grave situação económica do país inviabiliza um apoio efectivo a muitas instituições sociais. Há hospitais sem medicamentos ou equipamentos básicos, há escolas que não têm livros e é frequente que os funcionários públicos não tenham à disposição aquilo de que necessitam para o seu trabalho.

Angola é hoje um dos países do mundo com o maior número de minas terrestres ainda activas.

A economia de Angola caracterizava-se até aos anos 1970 por ser predominantemente agrícola, sendo o café sua principal cultura. Seguem-se-lhe cana-de-açúcar, sisal, milho, óleo de coco e amendoim. Entre as culturas comerciais, destacam-se o algodão, o tabaco e a borracha. A produção de batata, arroz, cacau e banana é relativamente importante. Os maiores rebanhos são de gado bovino, caprino e suíno.

Angola é rica em minerais, especialmente diamantes, petróleo e minério de ferro; possui também jazidas de cobre, manganês, fosfatos, sal, mica, chumbo, estanho, ouro, prata e platina. As minas de diamante estão localizadas perto de Dundo, no distrito de Lunda. Importantes jazidas de petróleo foram descobertas em 1966, ao longo de Cabinda, e mais tarde ao largo da costa que desce até Luanda, tornando Angola num dos importantes países produtores de petróleo, com um desenvolvimento económico possibilitado e dominado por esta actividade. Em 1975 foram localizados depósitos de urânio perto da fronteira com a Namíbia.

Em Angola, a dança distingue diversos géneros, significados, formas e contextos, equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social. Não se restringindo ao âmbito tradicional e popular, manifesta-se igualmente através de linguagens académicas e contemporâneas. A presença constante da dança no quotidiano, é produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes celebrações sociais (os jovens são os que mais se envolvem), onde a dança se revela determinante enquanto factor de integração e preservação da identidade e do sentimento comunitário.

Angola hoje destaca-se pelos mais diversos estilos musicais, tendo como principais: o Semba, o Kuduro e a Kizomba.
(Fonte: Wikipédia)


8 comentários:

  1. Caro Amigo J.C. REIS
    Confesso-me meio emocionado com esta sua postagem!
    Ainda bem que o visitei hoje, também eu, apesar de ao serviço do Exército, fiquei enfeitiçado por ANGOLA1
    Tanto assim que, timidamente, iniciei hoje uma narrativa sobre as minhas vivência nessa terra abençoada.
    MUITO OBRIGADO por me mostrar ANGOLA em toda a sua BELEZA, e por este belo naco de História.
    Votos de Boas Entradas em 2009.
    FELIZ ANO NOVO
    Abç
    G.J.

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  2. Oi jorge, parabens pelo excelente artigo!
    Aproveito para agradecer a tua visita em meu blog mesmo ele estando meio adormecido..rss
    Muito obrigada pelos votos de um Feliz Ano Novo pois desejo o mesmo a voce de todo o meu coração.
    Um beijao com muitas saudades de vc meu anjo!
    sandra cantii

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  3. Caríssimo Jorge, um ano com tudo de bom. Grande abraço

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  4. Estimado Amigo:
    Angola que está guardada no seu coração.
    Uma vida, não é...?
    "UM MARAVILHOSO ANO NOVO DE 2009 - Há Sempre Um Lugar para a Felicidade...!"

    Abraço forte de respeito e amizade sincera.

    pena

    Concretize todos os seus sonhos.
    É o meu desejo de amigo.

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  5. Para ti também, Jorge, um feliz ano novo!
    Quem sabe, não está mais perto do que imaginamos, o tão sonhado mundo mais justo e equânime.
    Abraço.

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  6. Estive em Angola por três vezes.Mas apenas conheci Luanda, a Fazenda Tentativa, a Ilha do Mussulo e a barragem do Quanza.
    Neste vídeo, podemos ver imagens de uma Angola que podia ser maravilhosa...

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