terça-feira, 31 de março de 2009

Voando para o Sol




Ultraleve na Praia da Torralta - Alvor - Algarve - Portugal

Esta foto é dedicada à minha amiga Sissym do blogue BlogZoom (Ideias da Fada Sem Fim) , que me acompanha no diHITT.
Fico à espera da resposta ao desafio.

terça-feira, 24 de março de 2009

O montado português (5)


O Lince Ibérico e a luta pela sobrevivência

O Lince Ibérico (Lynx pardina) é um felino cujo tamanho oscila entre os 80 e os 110 centímetros, do focinho à ponta da cauda, com peso entre os 12 e os 20 Kgs.
Em contraste com os outros felinos, a cauda é extremamente curta. O pelo é cor de mel com manchas pretas no dorso e nas patas.
De cada um dos lados da cabeça apresenta longas barbas que parecem bigodes e, nas pontas das orelhas, existem pelos curtos (ou cerdas) que se julga serem receptores do pavilhão auricular e que, por isso, aumentam a audição do animal.

É um animal solitário e que define e defende o seu território, calculando-se que existe um só exemplar por cada 3 a 5 quilómetros quadrados.
Só na época do cio o macho permite a invasão dos seus terrenos por fémeas, que, após o acasalamento regressam de imediato aos seus domínios.
O tempo de gestação é de aproximadamente 2 meses e o número de filhotes é geralmente de dois.
As crias acompanham a mãe durante o primeiro ano de vida. Depois disso elas próprias procuram e delimitam o seu território.
A maturidade sexual é atingida cerca dos dois anos.

Diz-se que o seu nome deriva de Linceu, herói mitológico grego, caracterizado por ter um olhar de tal forma penetrante que furava pedras.
Na Antiguidade o lince era tido como um animal que guardava as cavernas do diabo, locais proibidos ao homem.
Na Idade Média era considerado um animal de muito valor que só os reis e os nobres podiam caçar e saborear a sua carne. Ainda hoje continua a ser considerado um animal terrível e evocado como tal em contos e lendas populares.

A causa da enorme diminuição do número de exemplares parece estar ligada a alterações da vegetação indígena, sobretudo ao plantio de grandes zona de eucaliptal e aumento das áreas de cultura, com destruição maciça do matagal mediterrânico, o habitat ideal para esta espécie.
Por outro lado, dado que o lince se alimenta sobretudo de coelhos bravos, a sua sobrevivência está directamente relacionada com a desta outra espécie, muito martirizada pela caça e pelos fogos florestais.

Em Portugal, o Lince Ibérico encontra-se nas áreas da Serra da Malcata, no Alto Alentejo interior, no vale do Sado, no Sudoeste Alentejano e no maciço xistoso algarvio (Espinhaço de Cão e Monchique). É uma espécie protegida por Lei desde 1967.


segunda-feira, 23 de março de 2009

Guerra aberta no futebol português


A Final da Taça da Liga em futebol foi, a todos os títulos, um mau momento. Para quem arbitrou o encontro, para quem jogou no relvado, para quem foi ao Estádio do Algarve e para quem assistiu ao jogo pela televisão.

Uma grande penalidade que nunca existiu, com a subsequente expulsão de um jogador do Sporting Clube de Portugal, acabariam por resultar na vitória ao Sport Lisboa e Benfica, na lotaria dos pontapés da marca de grande penalidade.

Os ânimos estão em fogo.

O árbitro reconheceu publicamente que errou, mas recusa-se a pedir desculpas.
O Sporting afirma que vai deixar a direcção da Liga de Futebol.
"A taça foi ganha com todo o mérito", diz o porta-voz do Benfica.

Tudo isto me dá vontade de rir, para não chorar.

Mas tenho que reconhecer que é triste, muito triste, que o futebol português esteja envolvido em mais um caso em que os protagonistas, neste caso o árbitro e um senhor porta-voz do Benfica, tomem posições tão caricatas, para não lhes chamar coisa pior.

Pedir desculpa por um erro não diminui ninguém. Antes pelo contrário, só engrandece quem o faz.
Dizer que o Benfica ganhou com mérito é insultar a inteligência de todos os portugueses que viram o jogo.

O vídeo para mais tarde recordar

O montado português (4)


Os novos seres e a Cegonha Preta

A Cegonha Preta (Ciconia nigra) é uma espécie inconfundível.
O seu porte e a sua coloração tornam-na facilmente identificável.
É um pouco mais pequena que a sua congénere branca: um metro e cinco centímetros de comprimento contra um metro e dez da cegonha branca.
A envergadura é também menor: dois metros e cinco de envergadura máxima contra dois metros e vinte.
No entanto estas diferenças não são muito notórias quando observada no campo. É a coloração que, não se prestando a quaisquer confusões, distingue as duas espécies.
A plumagem da Cegonha Preta é quase toda negra, com reflexos metálicos esverdeados.
As únicas partes brancas desta ave são o ventre, o peito e as "axilas".
O bico e as patas são vermelho vivo. É uma voadora poderosa, capaz de migrações de milhares de quilómetros.
Quando chegam, em Abril ou Maio, dirigem-se para o ninho que ocuparam no ano anterior.
A sua primeira tarefa é preparar o ninho, que é menor que o da cegonha branca.
A postura é de quatro a cinco ovos que são incubados durante um mês.
As pequenas cegonhas, cobertas de penugem branca, dependem inteiramente da disponibilidade alimentar existente nesse ano.
Nos anos de abundância de alimento, o sucesso reprodutor é mais alto, isto é, há uma maior precentagem de jovens que, voando, conseguem sair dos ninhos.Nos anos de escassez este número diminui, sobrevivendo apenas um ou dois jovens por casal.
Animal sociável e pouco arisco, a cegonha branca habita espaço abertos e as vastas superfícies alagadas e cultivadas.
A Cegonha Preta, por seu lado, evita os grandes espaços, preferindo as superfícies florestais isoladas com riachos, charcos ou pequenas zonas pantanosas e as margens dos rios, evitando a presença do Homem.
Em 1995 contaram-se em Portugal 49 casais nidificantes, estimando-se o efectivo populacional em Portugal de cerca de oitenta casais, o que representa um terço da população ibérica.
A alimentação da Cegonha Preta é constituída em grande parte por peixes capturados em águas pouco profundas. Inclui igualmente anfíbios (rãs, salamandras e os respectivos girinos), bem como pequenos mamíferos e répteis.
A técnica de caça mais usada é andar vagarosamente, bicando subitamente um presa mais descuidada.

A Cegonha Preta tem sofrido com a forte humanização do território.
A profunda alteração da floresta original eliminou grande parte dos locais propícios à sua nidificação, empurrando estas aves para alguns dos lugares mais recônditos.
A protecção desta espécie passa, sobretudo, pela conservação do seu já reduzido habitat e dos seus locais de nidificação.
Uma tarefa difícil mas ainda possível.

domingo, 22 de março de 2009

sábado, 21 de março de 2009

O Senhor não tem idade nem curriculum...


O Primeiro-Ministro José Sócrates num momento de alucinação dirigindo-se a Francisco Louçã disse: ' Você não tem idade, nem curriculum...'.

Uma boa piada, diz o jornalista do Portugal Diário!
Eu fui à Internet verificar o curriculum e não resisto a publicar:

Francisco Louçã, nasceu em 12 de Novembro de 1956. Participou na luta contra a Ditadura e a Guerra no movimento estudantil dos anos setenta, foi preso em Dezembro de 1972 com apenas 16 anos e libertado de Caxias sob caução, aderindo à LCI/PSR em 1972 e em 1999 fundou o Bloco de Esquerda. Foi eleito deputado em 1999 e reeleito em 2002 e 2005. É membro das comissões de economia e finanças e antes comissão de liberdades, direitos e garantias. Foi candidato presidencial em 2006.

Actividades académicas:

Frequentou a escola em Lisboa no Liceu Padre António Vieira (prémio Sagres para os melhores alunos do país), o Instituto Superior de Economia (prémio Banco de Portugal para o melhor aluno de economia), onde ainda fez o mestrado (prémio JNICT para o melhor aluno) e onde concluiu o doutoramento em 1996.
Em 1999 fez as provas de agregação (aprovação por unanimidade) e em 2004 venceu o concurso para Professor Associado, ainda por unanimidade do júri. É professor no ISEG (Universidade Técnica de Lisboa), onde tem continuado a dar aulas e onde preside a um dos centros de investigação científica (Unidade de Estudos sobre a Complexidade na Economia).
Recebeu em 1999 o prémio da History of Economics Association para o melhor artigo publicado em revista científica internacional. É membro da American Association of Economists e de outras associações internacionais, tendo tido posições de direcção em algumas; membro do conselho editorial de revistas científicas em Inglaterra, Brasil e Portugal; 'referee' para algumas das principais revistas científicas internacionais (American Economic Review, Economic Journal, Journal of Economic Literature, Cambridge Journal of Economics, Metroeconomica, History of Political Economy, Journal of Evolutionary Economics, etc.).
Foi professor visitante na Universidade de Utrecht e apresentou conferências nos EUA, Inglaterra, França, Itália, Grécia, Brasil, Venezuela, Noruega, Alemanha, Suíça, Polónia, Holanda, Dinamarca, Espanha.
Publicou artigos em revistas internacionais de referência em economia e física teórica e é um dos economistas portugueses com mais livros e artigos publicados (traduções em inglês, francês, alemão, italiano, russo, turco, espanhol, japonês).
Em 2005, foi convidado pelo Banco Mundial para participar com quatro outros economistas, incluindo um Prémio Nobel, numa conferência científica em Pequim, foi desconvidado por pressão directa do governo chinês alegando razões políticas.
Terminou em Agosto um livro sobre 'The Years of High Econometrics' que será publicado brevemente nos EUA e em Inglaterra.

Obras publicadas:

Ensaios políticos

Ensaio para uma Revolução (1984, Edição CM)
Herança Tricolor (1989, Edição Cotovia)
A Maldição de Midas – A Cultura do Capitalismo Tardio (1994, Edição Cotovia)
A Guerra Infinita, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2003)
A Globalização Armada – As Aventuras de George W. Bush na Babilónia, com Jorge Costa (Edições Afrontamento, 2004)
Ensaio Geral – Passado e Futuro do 25 de Abril, co-editor com Fernando Rosas (Edições D. Quixote, 2004)

Livros de Economia

Turbulence in Economics (edição Edward Elgar, Inglaterra e EUA, 1997), traduzido como Turbulência na Economia (edição Afrontamento, 1997)
The Foundations of Long Wave Theory, com Jan Reinjders, da Universidade de Utrecht (edição Elgar, 1999), dois volumes
Perspectives on Complexity in Economics, editor, 1999 (Lisboa: UECE-ISEG)
Is Economics an Evolutionary Science? Com Mark Perlman, Universidade de Pittsburgh (edição Elgar, 2000)
Coisas da Mecânica Misteriosa (Afrontamento, 1999)
Introdução à Macroeconomia, com João Ferreira do Amaral, G. Caetano, S. Santos, Mº C. Ferreira, E. Fontainha (Escolar Editora, 2002)
As Time Goes By, com Chris Freeman (2001 e 2002, Oxford University Press, Inglaterra e EUA); já traduzido para português (Ciclos e Crises no Capitalismo Global - Das revoluções industriais à revolução da informação, edições Afrontamento, 2004) e chinês (Edições Universitárias de Pequim, 2005). (Fonte Wikipédia)


Sobre o Primeiro-Ministro de Portugal, José Sócrates, sabe-se que é engenheiro civil tirado "à la minute" na Universidade Independente, ainda sob suspeita de ilegalidades. Que assinava como Engenheiro quando era Engenheiro-Técnico. Que assinou uns projectos de habitação feitos por outros técnicos da Câmara da Guarda, para serem aprovados em conluio com o Presidente da Câmara. Que a sua actividade política se deu com o 25 de Abril na JSD/PSD e depois no PS (para onde mudou no decurso das trafulhices da Guarda). Do seu curriculum sabe-se ainda (embora ele o desconhecesse) que teve uma incursão fugaz como empresário-sócio de uma empresa de venda de combustíveis.

Quanto a curricula estamos conversados!
Quanto à idade, Louçã é quase um ano mais velho que Sócrates.

Comparar o currículo de José Sócrates ao de Francisco Louçã, é o mesmo que dizer que o vinho a martelo é superior a um Cartuxa Reserva 2002 Tinto.

(Recebido por email. Impossível não publicar, independentemente das ideias políticas de cada um.)

O montado português (2)


A Águia Calçada

Águia de pequena dimensão, muito idêntica à Águia-de-asa-redonda. Bico curvo e garras possantes, cauda quadrada. As suas longas asas apresentam uma “mão” larga com 6 “dedos”. Existem dois tipos de coloração, uma clara e outra escura. Na versão clara, a parte inferior do corpo é branca com sombras acastanhadas e a face inferior das asas apresenta a mesma cor, contrasta com as penas de voo negras. Na versão escura, a parte inferior do corpo e das asas são castanho escuro, com penas de voo de cinzento escuro. (Fonte: Azibo)

O Porco Preto Alentejano

O Porco Preto Alentejano (Ibérico), é a última raça suína de pastoreio da Europa. Trata-se de uma raça diferente e única que hoje só se encontra no sudoeste da Península Ibérica. Esta, é sem dúvida uma raça excepcional e privilegiada pela natureza.

Percorrendo quilómetros, engolindo uns 10 quilogramas de bolotas por dia e tudo o que o montado de azinheiras e sobreiros lhe oferece - ervas, cogumelos, bichos - este omnívoro vai ganhar em dois a três meses cerca de 60 a 80 kg, que acrescentará aos 80 a 100 quilos iniciais.

Alternando longos períodos de caminhada sem parar de comer e sestas digestivas quando já não pode mais, andando até de noite quando há luar, o porco de raça alentejana vai "metabolizando" os frutos do montado, que melhor do que qualquer outro transforma em carne.

Em menos de dez anos, um animal em vias de extinção, com uma actividade essencialmente virada para o consumo de leitões ou de porcos para a matança e enchidos caseiros, passou à actividade organizada e orientada para a produção de produtos de qualidade. (Fonte: AgroNotícias)

O Rato de Cabrera

O rato-de-cabrera (Microtus cabrerae) é uma espécie de roedor da família Cricetidae. É o único roedor endémico da Península Ibérica. A reconversão do montado em zonas de regadio ou a sua sujeição a pastoreio intensivo podem constituir graves ameaças para a sua conservação.


sexta-feira, 20 de março de 2009

O montado português (1)


Quantos de nós, no momento em que abrimos uma garrafa de vinho ou de champanhe se lembra da cortiça de que é feita a rolha? Onde se cria, como se extrai ? De facto é uma das grandes riquezas de Portugal que parece ameaçada pela crescente utilização do plástico. Com vantagens ? Não parece.

E o que está implícito nessa ameaça ? Quantas espécies animais raras se extinguirão ? Que flora se perderá ? Que ecosistema irá desaparecer ?

Com base num magnífico documentário da BBC, transmitido pela SIC, fiz a montagem de uma série de 8 vídeos em que pretendo dar a conhecer o mundo que há por detrás de uma simples rolha de cortiça. O mundo do Montado do Sobreiro em Portugal.

Espero que gostem tanto como eu gostei de o fazer. Aqui fica a minha homenagem à BBC e à SIC.


O Montado, é um ecossistema muito particular, criado pelo Homem, tal como o vale do Douro ou a Mata Atlântica do Brasil, são florestas de sobreiros de equilíbrio muito delicado e que subsistem apenas no Mediterrâneo, Argélia, Marrocos e sobretudo nas regiões a sul da Península Ibérica.

No caso de Portugal, país com a maior extensão de sobreiros do mundo (33% da área mundial), o montado é legalmente protegido, sendo proibido o seu abate e incentivada a exploração, transformando Portugal o principal exportador mundial de cortiça e no fabrico de rolhas.

O sobreiro (quercus suber), é uma espécie florestal que se distribui pela zona mediterrânica onde se faz sentir maior influência Atlântica, estas características ocorrem sobretudo em Portugal, pelo que é este pais que tem melhores condições para o sobreiro, que se encontra distribuído por todo o território continental, excepção nas terras de alta altitude.

Encontramos o sobreiro com alguma frequência a norte do Tejo em zonas onde dominam também o Castanheiro, e com muita frequência no Alentejo, sendo esta árvore símbolo da paisagem típica desta região, associados em alguns locais a Azinheiras formando o montado de sobro e azinho. No litoral Norte e Centro, encontra-se sobretudo associado ao pinheiro.

Também no interior do país se encontra um bom povoamento de montado onde foi instalado nos últimos séculos a grande mancha de pinheiro bravo, sobretudo após os grandes incêndios florestais.

A própria casca do sobreiro a cortiça é um produto natural extremamente resistente ao fogo que protege a árvore dos incêndios, o que torna o sobreiro das espécies florestais mais resistentes ao fogo.

Em Portugal, o montado de sobreiro representa cerca de 21% da área florestal e é responsável pela produção de mais de 50% da cortiça consumida em todo o mundo. (Fonte: Wikipédia)


quinta-feira, 19 de março de 2009

Portão para o vazio



Isla Canela - Espanha

A montanha pariu um rato


Ontem, na Assembleia da República, o Primeiro Ministro José Sócrates tirou o que parecia mais um coelho da cartola.
Anunciou que as famílias com desempregados iriam ter uma redução de 50% na prestação dos empréstimos em vigor para compra de habitação própria.

Portugal aplaudiu, os media fizeram disso parangonas.

Mas hoje, mais a frio, o contexto do discurso apareceu mais claro: a redução é temporária, o benefício não é a fundo perdido e tem que ser devolvido aos bancos, o prazo é de dois anos (que afinal é, praticamente, ano e meio).

Quem serão realmente os "beneficiados" ? O Primeiro Ministro não disse.
Como se fará o pagamento a partir de Janeiro de 2011 ? O Primeiro Ministro não disse.
E se a situação de desemprego se mantiver em 2011 ? O Primeiro Ministro não disse.
Quantas famílias vai a medida abranger ? O Primeiro Ministro não tem números.

Afinal, mais uma vez, a montanha pariu um rato.

(Imagem: Público)

terça-feira, 17 de março de 2009

Um insulto à ciência


"Um insulto à ciência". Foi assim que o Professor Machado Caetano classificou a atitude do Papa Bento XVI, quando este hoje, em África, afirmou que "Não se pode resolver (o problema da sida) com a distribuição de preservativos" acrescentando "pelo contrário, a sua utilização agrava o problema".

Esta é a primeira vez que Bento XVI fala explicitamente no uso de preservativos. A Igreja Católica, que se afirma na linha da frente do combate à sida, encoraja a abstinência para impedir a propagação da doença.

A oposição da Igreja ao uso de preservativos é questionada por padres e freiras que trabalham com vítimas da sida em África.
O Papa estimou ainda que a solução passa por um "despertar espiritual e humano" e pela "amizade pelos que sofrem". (Fonte: TVI24)

De acordo com um relatório que faz "Um balanço sobre a epidemia mundial da sida", organizado pela ONU/Sida e pela Organização Mundial de Saúde, existem cerca de 39,4 milhões de infectados em todo o mundo, sendo que, destes, 37,2 milhões são adultos e 2,2 milhões são crianças.

Refira-se que é no continente africano que há uma maior prevalência da doença.

Falar assim, como falou o Papa Bento XVI, em África é no mínimo mostrar o seu afastamento das realidades do Mundo em que vivemos, a sua ignorância total sobre os avanços da ciência e de uma completa insensibilidade.

Não posso deixar de estar completamente de acordo com o Prof. Machado Caetano e aceitar as declarações do teólogo brasileiro Leonardo Boff, ex-colega de Joseph Ratzinger, quando classifica Bento XVI como um Papa "politicamente desastrado" e um "pastor medíocre".

Coração com espinhos



Lisboa Antiga (com ritmo e sotaque brasileiros)



Antigas Profissões em Lisboa - Lisboa Antiga (Roberto Leal) - Slide Show Anónimo

domingo, 15 de março de 2009

Mergulho em tarde de fim de Inverno







Ferragudo - Algarve - Portugal

Tertúlia Virtual - O Desejo


A Universidade de Coimbra, é a mais antiga universidade portuguesa. A instituição, uma das maiores do país, remonta ao século seguinte ao da própria fundação da nação portuguesa, dado que foi criada no século XIII, em 1290, mais especificamente a 1 de Março, quando foi assinado em Leiria, por D. Dinis, o documento Scientiae thesaurus mirabilis, que criou a própria Universidade.

A universidade, inicialmente instalada em Lisboa, foi transferida para Coimbra, para o Paço Real da Alcáçova, em 1308.

Em 1338 voltou para Lisboa, onde permaneceu até 1354, ano em que regressou para Coimbra. Ficou nesta cidade até 1377 e voltou de novo para Lisboa.

Até 1537 permaneceu em Lisboa, data em que foi transferida definitivamente para Coimbra, por ordem de D. João III.

Durante os seus mais de sete séculos de existência, a Universidade, hoje uma instituição de referência, foi crescendo, primeiro por toda a Alta de Coimbra e depois um pouco por toda a cidade, encontrando-se actualmente ligada a gestação de ciência e tecnologia e à difusão de cultura portuguesa no mundo.

Continuando a manter o renome de outros tempos, é indiscutível a qualidade do ensino na Universidade de Coimbra. Todas as 8 faculdades têm cursos e departamentos geralmente considerados de excelência a nível nacional, e nalguns casos internacional.

A Universidade de Coimbra tem consistentemente ficado classificada entre as 3 melhores universidades do mundo de língua portuguesa.

Vem isto propósito da blogagem colectiva de hoje - A Tertúlia Virtual.

O tema DESEJO, que nos foi dado, fez-me correr o pensamento, lembrar cantigas de amor e paixões vividas na minha juventude, nas noites fados e guitarradas, nas serenatas, quando os dedos ainda conseguiam tirar acordes da minha viola. Recordei os meus velhos tempos de estudante da Universidade de Coimbra.

Daí à ideia da produção de um vídeo foi um salto.

Imagens da minha velha Universidade, da Torre, da Biblioteca Joanina, da Capela, da Reitoria, da Sala dos Capelos, das Faculdades foram-me surgindo na net. Até do velho anfiteatro onde, no meu primeiro ano, tive aulas e fiz exame de Química Médica. Os seus autores? Desconheço-os, mas são óptimos artistas.

A música? Um fado de Coimbra, como não poderia deixar de ser. A voz do meu colega Luís Goes, poucos anos mais velho na Faculdade. As guitarras e violas do Quinteto de Coimbra.

Enfim, o desejo de que esses tempos nunca tivessem passado. Fica a saudade.

O meu desejo
é dar-te um beijo,
é ter desejo de te beijar.
Perdidamente,
como quem sente
que o teu sorriso
vai acabar.


O meu desejo
é dar-te um beijo,
é ter desejo de te beijar.
Como quem ama
do Sol a chama,
como quem reza,
sempre a chorar.



domingo, 8 de março de 2009

Gato Fedorento entrevistam o Primeiro Ministro



Os "Gato Fedorento" entrevistam o Primeiro Ministro de Portugal - RTP - ESTE FOI CENSURADO

Dia Internacional da Mulher




Era a mulher — a mulher nua e bela,
Sem a impostura inútil do vestido

Era a mulher, cantando ao meu ouvido,

Como se a luz se resumisse nela...

Mulher de seios duros e pequenos

Com uma flor a abrir em cada peito.

Era a mulher com bíblicos acenos

E cada qual para os meus dedos feito.

Era o seu corpo — a sua carne toda.

Era o seu porte, o seu olhar, seus braços:

Luar de noite e manancial de boda,

Boca vermelha de sorrisos lassos.

Era a mulher — a fonte permitida
Por Deus, pelos Poetas, pelo mundo...
Era a mulher e o seu amor fecundo

Dando a nós, homens, o direito à vida!


Pedro Homem de Mello, in "Miserere"

sábado, 7 de março de 2009

Chaminé Algarvia



Orgulhosamente só - Portimão - Algarve - Portugal

A Avaliação ao "Professor Magalhães"


Mais de 80 erros, entre os quais "gravar-lo", "puxando-las", "acabas-te", "básicamente", "fês", "caêm", e ainda textos inteiros sem sentido, que teriam como objectivo ensinar as instruções dos jogos, aparecem em vários ecrãs desses mesmos jogos didáticos do portátil Magalhães, dedicado aos mais novos e bandeira do Governo.
Ao que parece a tradução teria sido feita por emigrante português em França.

O Ministério da Educação terá dado ontem ordem para as escolas retirarem dos computadores Magalhães o software de jogos didácticos depois de o "Expresso" ter confrontado o Governo com os erros de ortografia, gramática e sintaxe nas instruções dos jogos incluídos no ambiente de trabalho Linux.
O secretário de Estado Adjunto da Educação, Jorge Pedreira, disse hoje, em Alcobaça, que os erros de português detectados no computador Magalhães foram "uma surpresa".
"Foi para mim uma surpresa", disse Jorge Pereira à margem do IV Seminário para a Educação.
"Naturalmente, não me parece que devesse ter acontecido", adiantou, frisando que o responsável pela verificação de erros os deveria ter detectado.

"Uma coisa é certa: não é pelo facto de um programa de jogo didáctico ter erros, que isso diminui, em alguma coisa, a utilidade e a importância do projecto do computador Magalhães", declarou o secretário de Estado. (Fonte: Público)

Claro que o sempre asnático secretário de Estado da educação não poderia dizer outra coisa, mas por aqui se vê, uma vez mais, que este Governo está mais interessado nas parangonas de propaganda do que na qualidade do ensino em Portugal.

Nota INSUFICENTE para a equipa ministerial da Educação !!! Vão-se embora que não fazem cá falta nenhuma !!!

Aposto que, como é habitual, a culpa vai morrer solteira.

Criança Excomungada


A gravidez foi descoberta no último dia 25 de fevereiro, quando a menina de nove anos se queixou de tonturas e foi levada pela mãe à Casa de Saúde São José. Exames constataram que a criança já estava na 16ª semana de gestação e que a gravidez era de alto risco por conta da idade.

A criança informou à polícia que os abusos começaram quando ela tinha seis anos de idade, e que o padrasto, de 23 anos, a ameaçava de morte caso contasse sobre os abusos a alguém. Ele foi preso quando se preparava para fugir para a Bahia. Em seu depoimento, o padrasto confessou que também abusava da enteada mais velha, de 14 anos, portadora de deficiência física.

O Ministério Público, a Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher e as ONGs Curumim e SOS Corpo acompanham o caso e irão oferecer recursos e tratamento psicológico para as vítimas.

De acordo com os médicos, a menina, que tem 1,33m e pesa 36kg, não apresentava estrutura física que sustentasse uma gravidez. Segundo eles, a paciente corria risco de morte caso a gestação continuasse. Além disso, a legislação brasileira permite o aborto em vítimas de estupro até a 20ª semana de gestão.

Nesta quarta-feira, o arcebispo de Olinda e Recife, D. José Cardoso Sobrinho, excomungou a criança, a mãe e os médicos envolvidos no aborto. “A lei de Deus está acima de qualquer lei humana. Então, quando uma lei humana, quer dizer, uma lei promulgada pelos legisladores humanos, é contrária à lei de Deus, essa lei humana não tem nenhum valor”, disse o bispo.
(Fonte: Agência Brasil)

Não posso deixar de repudiar veementemente a atitude do Arcebispo, aliás, ao que parece, coadjuvada pelo próprio Vaticano.
Não sei qual será o maior crime: se o abuso sexual, se a excomunhão de uma inocente criança e de quem lhe salvou a vida.
E o padrasto ? Depois de ir ao confessionário, se dizer arrependido e rezar meia dúzia de Avé-Marias, será perdoado ?
Gostava de ler, ou ouvir, o que tem a dizer a Igreja Católica Portuguesa sobre este assunto.


Rasgando o céu (4)



na Plaza Catalunya - Barcelona - Espanha

quinta-feira, 5 de março de 2009

Chaminé Algarvia



Estilete no azul - Portimão - Algarve - Portugal

Governo e Microsoft - Ligações Perigosas


A maior plataforma de contratos públicos electrónicos não permite a entrega de candidaturas a empresas que não usem sistemas Microsoft, noticia o jornal Público desta quinta-feira. A Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas (ESOP) denunciou a situação e já enviou uma exposição escrita à Comissão Europeia.

O Instituto de Construção e do Imobiliário (ICI), dependente do Ministério das Obras Públicas, que gere o processo dos concursos públicos, desvaloriza o problema.


A vortalGOV é a maior plataforma portuguesa de contratos públicos electrónicos e é detida pela empresa privada Vortal. Uma empresa que trabalhe com software livre, ou com software de uma empresa concorrente da Microsoft, está impedida de aceder aos conteúdos disponíveis no portal da vortalGOV e como tal a todo o processo de candidatura a contratos públicos.

O problema é muito grave porque, assinala a ESOP em comunicado, actualmente é obrigatória a utilização de plataformas de contratação electrónica em concursos públicos.

Para o ICI, dependente do Ministério das Obras Públicas, o problema não é grave porque as candidaturas podem ser entregues em papel até Julho. Porém, por lei tal só é permitido se a entidade pública adjudicante o permitir expressamente.

Em declarações ao jornal Público, o presidente da ESOP Gustavo Homem afirma:

"Não se trata apenas dos prejuízos por não poderem aceder aos concursos ou por terem de comprar programas informáticos só para ocasiões específicas. Há também a componente da mensagem pouco saudável que o Estado passa ao mercado ao permitir esta restrição: está-se a intervir no sentido de beneficiar um monopólio". (Fonte: Esquerda.Net)

Comentários para quê ? Ele é um artista português !!!


quarta-feira, 4 de março de 2009

Infante D. Henrique



Ponta de Sagres - Agarve - Portugal

Quinto filho d’el-Rei D. João I e de D. Filipa de Lencastre, nasce a 4 de Março de 1394 na cidade do Porto.

"Chamam-lhe Henrique, o Navegador, e dá-me vontade de rir pois navegar, Vossemecê só navegou até Marrocos, em cima de um convés mais longe não foi... Pôs foi criados e escudeiros seus a navegar por si. E chegou mesmo a contratar, a peso de ouro, estrangeiros que pudessem fazer progredir a sua empresa, tais como Jaime de Maiorca, o cosmógrafo e cartógrafo catalão; e Bartolomeu Perestrelo, Cadamosto, Uso di Mare e António da Noli, navegadores e peritos comerciais italianos; também físicos hebraicos e aventureiros vários. Não, não estou a falar da fantasiosa Escola de Sagres. Essa nunca existiu, foi inventada por patrioteiros que mais tarde endeusaram Vossemecê para arrebicar o conceito de Nação. Não estou portanto a falar de uma escola náutica. Falo apenas (e já é muito) de um agrupamento de homens dispostos a fazerem-se ao mar, a observar astros, ventos, marés e a desenhar costas. A todos eles, portugueses e estrangeiros, Vossemecê paga regiamente. Generosidade? Não me parece. Eu diria perspicácia porque, ao pagar bem, o seu interesse é manter coesa a sua empresa. E onde há interesse, generosidade omite-se. O avesso amargo da sua perspicácia e da exorbitância dos seus gastos pessoais, é Vossemecê andar sempre à rasca de finanças. Mas logo trata de inventar soluções, uma atrás da outra: ou a pirataria contra os navios mouros no Mediterrâneo, ou o monopólio da pesca do atum, ou a dízima sobre todo o peixe apanhado em Monte Gordo, ou o monopólio do abastecimento de peixe a Ceuta, ou o controlo da moagem de cereais e da produção de tintas e sabões no Algarve. Apesar de homem soturno, de poucas palavras, Vossemecê começa a revelar um dos principais traços do homem português: a improvisação, o desenrascanço...

Mas falemos agora das navegações. Vossemecê manda os seus navios rumar para o sul, rente à costa africana. Espera que se descubra a foz do rio que leve os portugueses até ao Reino do Preste João... Esta ideia parece-nos hoje um absurdo mas, dado o desconhecimento geográfico da sua época, é esperança que Vossemecê acalenta... Essa ânsia de alcançar a Índia rumando para o interior da África, em 1445 levará João Fernandes, que fala perfeitamente o árabe, a percorrer o Sudão e a alcançar Timboctu, centro das caravanas que, no deserto, transportam as mercadorias preciosas do Oriente e da África. E a mesma ânsia, em 1446 levará Nuno Tristão a subir um rio da Guiné (talvez o Barbaci), sendo então atacado e morto pelos nativos.

Olhemos então os seus navios a singrar junto à costa africana. Só as tempestades é que os arrastam para o largo do Atlântico. Golpes de vento, golpes de azar... É assim que, por mero acaso, é descoberto o arquipélago dos Açores (1427). Só em 1439, doze anos depois, é que Vossemecê manda povoar as ilhas. Tardou, mas ainda vai a tempo de converter azar em sorte, pois o arquipélago começa logo produzir e a dar boas receitas.

Quanto ao arquipélago da Madeira, esse já era conhecido desde meados do sec. XIV. E em 1425, por ordem de D. JOÃO I, é iniciada a sua colonização. Em 1433, D. Duarte, seu irmão e novo rei por morte do vosso pai, doa-lhe o arquipélago, já que Vossemecê andava a cuidar dos negócios de Além-Mar. Portanto, felizmente para si, uma nova fonte de renda...


As Canárias é que são conhecidas desde a Antiguidade com o nome de Afortunadas. Desde os finais do sec. XIV que o seu domínio é disputado por portugueses e castelhanos. Em 1436 o Papa Eugénio IV reconhece o direito de Castela à posse do arquipélago. Vossemecê não aceita a decisão papal e trata de acirrar a disputa entre portugueses e castelhanos. Mas se Eugénio IV contrariou os interesses dos portugueses, em contrapartida, em 1455, bula do Papa Nicolau V concederá aos reis de Portugal a propriedade exclusiva das terras e mares já conquistados ou por conquistar, possuídos ou a possuir.


Falemos agora da África. Em 1426 Gonçalo Velho, seu mareante, dobra o Cabo Não, mais ou menos a 26 graus Norte. Dali para a frente só rochedos, escarpas e dunas, ondas altíssimas a rugir contra os penhascos. Correm as lendas do Mar Tenebroso e ali parece, realmente, que se chegou ao fim do mundo. O mar ferve em cachão e ao longe o Cabo Bojador parece marcar a divisa entre a vida que é possível mais a norte e o fatal império da Morte mais a sul. Quem tem coragem de ir além? Oito anos depois, em 1434, Gil Eanes arrisca-se e dobra o Cabo Bojador depois de frustradas tentativas, muitas. Fundeia umas tantas milhas mais ao sul, desembarca e colhe um ramo de rosas silvestres que provam ser ali a vida também possível...


Dobrado o Bojador tudo é mais fácil. No ano seguinte, em 1435, o mesmo Gil Eanes e Afonso Baldaia passam o Trópico de Câncer (23,5 graus Norte) e alcançam o Rio do Ouro, assim chamado porque nas suas areias, para a sua felicidade, ó D. Infante, há realmente ouro. Em 1441 Nuno Tristão dobra o Cabo Branco, na hoje chamada Mauritânia. E em 1443 alcança a ilha de Arguim, onde os árabes mantêm um mercado regular de escravos e produtos ricos. Porque Vossemecê está muito interessado em tal comércio, nessa ilha manda construir uma fortaleza-feitoria e doze anos depois (1455), em Lagos funda a feitoria de tratos de Arguim. Mas é preciso recordar que em 1443, o INFANTE D. PEDRO, regente por morte de D. Duarte, concedera-lhe o monopólio de navegação, guerra e comércio nas terras ao sul do Bojador. É preciso ainda lembrar que em 1441 foram desembarcados no Reino (em Lagos) os primeiros cativos negros. Clérigos trataram de evangelizá-los. Em consequência, os cativos, depois de entregarem a força de seus corpos a seus brancos senhores, passaram a entregar as suas almas ao Criador...


Alcançada a foz do rio Senegal em 1445, os navegantes informam que mais à frente a costa começa a embicar para leste. Vossemecê esfrega as mãos, afinal estaria errado o mapa de Ptolomeu. Parece que os mareantes acabam de chegar ao fim do continente africano e, finalmente, Vossemecê vai poder realizar o seu Plano das Índias, não atravessando mas contornando a África pelo sul. Engana-se, desta vez é Vossemecê quem se engana! Os nautas estão apenas a chegar ao Golfo da Guiné, em breve alcançarão o arquipélago dos Bijagós e a África prolonga-se mais para o sul, muito e muito mais para o sul...

Vossemecê engana-se mas, em cerca de trinta anos, mandou descobrir e foram descobertos, descritos e cartografados 20 graus da Terra. É obra! Ao improviso, aos sacões, afinal Vossemecê acabou por aplanar o terreno sobre o qual D. JOÃO II, o seu sobrinho-neto, irá levantar o bem gizado edifício dos Descobrimentos." (Texto de Fernando Correia da Silva in Vidas Lusófonas)

terça-feira, 3 de março de 2009

Ondas em mar calmo (2)





Praia da Rocha - Algarve - Portugal

Prémios



Prémio recebido da Emília do blogue Aprendemos


Prémio recebido da Vanessa do blogue Fio de Ariadne

A ambas as minhas Amigas, os meus agradecimentos

Torcal de Antequera - A força da Terra


O Torcal de Antequera é uma área natural localizada no município de Antequera, na província de Málaga, na Andaluzia (Espanha), famosa pela maneira caprichosa como vários agentes erosivos moldaram sua pedra calcária. A sua extensão é de cerca de 20 quilómetros quadrados.


As suas origens remontam ao período jurássico, compreendido entre 250 e 150 milhões de anos atrás, mais especificamente à Era Secundária, isto é, há cerca de 150 milhões de anos. Nessa altura, a área era um corredor marítimo compreendida entre o Golfo de Cádis em Alicante, e o primitivo Oceano Atlântico e Mar Mediterrâneo.



O deslocamento alpino, na Era Terciária, levantou os sedimentos calcários depositados no fundo do oceano, dando lugar a montanhas, cujos cumes tinham muitas vezes a forma de um cogumelo, mantendo muitas das suas fissuras horizontais sedimentares, apesar de terem subido mais de 1000 metros sobre o nível das águas.



O Torcal de Antequera é uma das mais importantes paisagens cársticas conhecidas no mundo.
É uma Área Protegida Natural e declarada "Local Natural de Interesse Nacional" em 1929.